Assassinado com diversos tiros no final de semana, Cleidson de Lima Gomes, 24 anos, foi o principal alvo de uma operação da Polícia Civil de Garibaldi em julho. Foi o apelido do investigado, Zé Pequeno, que levou ao nome da Operação Cidade de Deus. Segundo a investigação, Gomes era o responsável por um ponto de venda de drogas no bairro São Francisco. Na ocasião da operação, em 14 de julho, o investigado estava recolhido no sistema penitenciário, o que não o impediu de continuar liderando a prática criminosa.
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Homem é morto a tiros em Garibaldi
Três semanas após a operação policial, Gomes foi beneficiado com a prisão domiciliar. Para o delegado Clóvis Rodrigues de Souza, o assassinato na noite de sábado (15) está relacionado ao histórico criminoso da vítima.
— (O homicídio) é ligado à questão do tráfico de drogas, por tudo que já se sabe. Resta saber exatamente quem fez e o porquê do assassinato desta maneira cruel, com muitos disparos, principalmente no rosto.
O crime aconteceu entre as ruas Timbaúva e Aroreira Precoce, no bairro Bela Vista. Segundo a Polícia Civil, testemunhas relataram que os autores são quatro homens que desembarcaram de um Cruze. O grupo ainda atirou em direção a outras pessoas que estavam na via pública, que conseguiram se esconder.
Um carro semelhante ao Cruze dos assassinos foi recolhido pela Brigada Militar cerca de seis horas após o crime. O veículo havia sido abandonado no bairro Tamandaré, próximo aos trilhos da Rua José Gava. Segundo a Polícia Civil, o Cruze havia sido furtado em Porto Alegre em maio e estava com placas clonadas.
Sobre Gomes, o delegado Souza aponta que duas prisões preventivas contra ele haviam sido representadas recentemente. A primeira é referente ao inquérito da Operação Cidade de Deus, que foi concluído e remetido à Justiça na última quinta-feira (12). O outro pedido apontava Gomes como o autor de um roubo a mercado no bairro São Francisco, no dia 23 de maio.
Este foi o terceiro homicídio registrado em Garibaldi neste ano. Em 2019, foram seis assassinatos. O delegado Souza relaciona esta redução nas mortes ao cerco policial feito as lideranças ligadas à venda de drogas.
— Temos muitas destas pessoas relacionadas a tráfico que estão presas. Desmantelamos estes grupos. Inclusive, identificamos uma pessoas que seria a principal liderança de um grupo criminoso, e que fazia esta liderança a partir de um presídio. Conseguimos a transferência dele para outra casa e, assim, neutralizamos a sua comunicação. Certamente contribuiu para a redução destes números — aponta o delegado, que não fala detalhes destes líderes criminosos em razão dos inquéritos policiais ainda não terem sido concluídos.