A casa onde mais de 180 crianças e adolescentes são atendidos é motivo de preocupação por parte da comunidade do bairro Reolon, em Caxias do Sul, desde que criminosos invadiram o local. No último fim de semana, monitores e responsáveis pelo projeto social que funciona na Casa Brasil encontraram salas reviradas e a maioria dos objetos estragados. Três aparelhos de ar condicionado foram levados da instituição e até fios de energia elétrica já foram furtados.
A Casa Brasil é fruto de uma parceria entre a prefeitura de Caxias e o projeto Mão Amiga para que as crianças da região tenham atividades no turno contrário à escola. Por conta do isolamento social, a sede ficou vazia, o que facilitou o furto e o vandalismo no lugar.
— Foi um momento de muita tristeza para nós. Levaram e destruíram muitas coisas. Já é um momento difícil para todos. Precisamos de segurança nos prédios públicos — diz a presidente da associação dos moradores do Vale da Esperança, Tatiane Duarte.
Conforme o coordenador da Casa, Cesar Augusto Erthal, o furto dos cabos de energia aconteceu ainda em 31 de março, comprometendo o acionamento do alarme.
— Teremos uma reunião com a FAS (Fundação de Assistência Social) na próxima quarta-feira para buscar um entendimento de alternativas a serem executadas na casa. A preocupação é retornar da quarentena em segurança e podermos atender da melhor forma possível as 180 crianças que tanto necessitam do serviço — diz
Segundo a presidente da FAS, Marlês Andreazza, já foi solicitado à Rio Grande Energia (RGE) a ligação do fornecimento de luz. No entanto, o valor custaria R$ 10 mil.
— Se instalássemos de novo da forma como está a ligação elétrica iriam roubar os cabos novamente. Nossa solicitação é para que a RGE possa estruturar uma ligação direta, com um poste direcionado apenas à casa — afirma
A reunião entre representantes da Casa Brasil, projeto Mão Amiga e FAS está marcada para às 10h da próxima quarta-feira (22). As atividades seguem suspensas até pelo menos 30 de abril.
Os 180 alunos atendidos no local participam de aulas de dança, artesanato, capoeira, música, violão, teatro e contação de histórias. Os monitores são contratados pelo projeto Mão Amiga e a prefeitura destina cerca de R$ 40 mil ao projeto, segundo a FAS.