As câmeras de monitoramento se tornaram o principal aliado de lojistas e da Polícia Civil, principalmente, contra pequenos crimes em Caxias do Sul. A melhoria na qualidade das imagens facilita a identificação e acelera os trâmites necessários, inclusive, na fase judicial. Furtos que antes passavam despercebidos, como ladrões que escondiam produtos dentro da roupa ou de bolsas, agora são resolvidos em poucos dias.
Um destes casos foi finalizado nesta sexta-feira (23), quando a 1ª Delegacia de Polícia indiciou um casal que furtou uma loja de celulares em Caxias do Sul. A gravação mostra como Márcio Vágner Conde Ferreira, 46 anos, distrai a atendente, enquanto Fernanda Conde Araújo, 41, coloca duas caixas de som na bolsa.
A qualidade das imagens permitiu a identificação dos autores e agilizou a conclusão do inquérito policial — o que, espera-se, também aconteça nas próximas etapas do processo judicial.
— Ultimamente, tanto em roubos como furtos, temos tido sorte em identificar os autores porque as câmeras têm boa qualidade e estão bem posicionadas. O crime praticamente se resolve sozinho. Não dependemos de mais nada (além das imagens), por isso é mais rápido e o convencimento do Judiciário é garantido — aponta o delegado Vítor Carnaúba.
O furto mostrado nesse vídeo aconteceu em uma loja da Rua Os Dezoito do Forte na tarde do último dia 5. O casal possui antecedentes por crimes contra patrimônio — no ano passado foram presos em flagrante na cidade de Feliz pelo mesmo crime. Por isso a Polícia Civil decidiu divulgar o vídeo do furto em Caxias para possibilitar o reconhecimento dos criminosos por outras vítimas de furtos em estabelecimento comerciais.
— Como as penas são pequenas, o Judiciário entende que não cabe uma prisão cautelar, e demora até que vários processos gerem condenação. Por isso, fica uma sensação de que a pessoa nunca é presa. Com as imagens, a tramitação é bem mais rápida e facilita até as audiências (judiciais) — acredita Carnaúba.
O casal não possui endereço conhecido pela Justiça e por isso não foi ouvido no inquérito policial. Eles foram indiciados por furto qualificado, que tem pena prevista de dois a oito anos de prisão.