A necessidade de mais policiais para Caxias do Sul foi a principal reivindicação ao vice-governador e secretário estadual de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior (PTB), durante reunião-almoço da Câmara de Indústria e Comércio (CIC). O governo prepara um "estudo estratégico" para a distribuição dos 2 mil soldados da Brigada Militar (BM) e 425 policiais civis que se formarão no segundo semestre deste ano. Caxias do Sul receberia uma "parcela significativa" destes novos servidores por, infelizmente, estar entre os municípios mais violentos.
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O vice-governador, contudo, evitou falar em números da lotação dos novos policiais neste momento. Dentro deste estudo, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) também cogita a criação de um Batalhão de Polícia de Choque na Serra.
— Estamos estudando a nova lotação destes 2 mil novos PMs e, no escopo deste estudo, há possibilidade da criação de novos batalhões. Uma das regiões que estamos estudando essa possibilidade seria Caxias do Sul, junto ao CRPO da Serra (Comando Regional de Policiamento Ostensivo). Seria um acréscimo, logicamente, de homens, de uma nova unidade e de equipamentos com esta característica especial — explica Ranolfo.
Sobre o déficit de efetivo, o vice-governador lamentou o "pior número da história". Na BM, faltam 17 mil policiais. Na Polícia Civil, precisavam mais 4,8 mil agentes. O déficit de aproximadamente 53% é calculado no efetivo considerado ideal pelo próprio Governo Estadual, que seria de 32 mil brigadianos e 9,6 mil policiais civis.
— A estratégia que queremos adotar é uma recomposição ordinária. Pedi aos comandos a expectativa de aposentadoria dos próximos quatro anos, para que possamos programar uma recomposição e fazer que, ao mínimo, não tenhamos uma redução do que já temos hoje — aponta Ranolfo.
Sobre os novos policiais para este ano, o vice-governador ressalta a importância de um estudo estratégico para a lotação.
— Se simplesmente dividir pelo número de municípios gaúchos, que são 495, seriam quatro brigadianos por município, o que não faria a diferença nem no menor município gaúcho, muito a menos a Caxias do Sul. Dentro deste estudo, iremos potencializar os locais onde os indicadores de violência são mais elevados — afirma.