Pela terceira vez, Luciano da Silva de Godói, 21 anos, conhecido como Lucianinho, sentará no banco dos réus de Caxias do Sul. Nesta quinta-feira (28), ele será julgado pelo assassinato de Gedson Pires Braga, o Cavernoso, no dia 16 de agosto de 2015. Por este crime, já foram condenados Jonathan Pereira Jesus e Fabiano da Silva Godói, que é irmão de Luciano, a 14 e 12 anos de reclusão, respectivamente.
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A execução foi investigada na Operação Sepultura, que mapeou uma disputa sangrenta pelo tráfico de drogas no bairro Euzébio Beltrão de Queiroz entre agosto de 2015 e maio de 2016. Conforme o Ministério Público, na ocasião, os três denunciados e um adolescente prepararam uma emboscada e mataram Braga com diversos tiros.
Os criminosos também atiraram contra João Vitor Santos da Silva, o Vitinho, na época com 15 anos, que conseguiu correr e sobreviver ao ataque. Fabiano e Jesus, contudo, foram absolvidos desta tentativa de homicídio. O adolescente acabaria sendo assassinado em 16 de fevereiro de 2016. Antes de ser morto, João Vitor prestou depoimento à Delegacia de Homicídios e reconheceu os denunciados como autores do assassinato no dia 16 de agosto.
Luciano já foi sentenciado pelo assassinato de Tiago Wolf da Rosa, 14 anos, em maio de 2016, e pela tentativa de homicídio contra outro adolescente, somando 16 anos de reclusão. Ele ainda possui sentenças por roubos e porte ilegal de arma, totalizando uma pena de 28 anos, três meses e 20 dias de reclusão — sendo que dois anos, oito meses e oito dias já foram cumpridos.
Braga ficou conhecido por, meses após a sua morte, ter sido apontado como o autor da morte de Ana Clara Adami, 11 anos, em julho de 2015. A menina caminhava para a catequese pelo bairro Pio X quando foi baleada nas costas.
Operação Sepultura
A investigação da Operação Sepultura mapeou um conflito armado pelo controle da venda de drogas que resultou em oito assassinatos. Na época, o grupo liderado por Eduardo Junior da Rosa, conhecido como Foguinho, e Luciano da Silva de Godoi, o Lucianinho, desafiou o bando chefiado por Robson Luis Fiorentina Neto, que gerenciava a venda de entorpecentes na região.