A Justiça de Bom Jesus condenou Agostinho das Graças Nunes Xavier e Deivid de Aguiar Campos pelo assassinato de Demétrio Piardi da Silva, 62 anos. O crime aconteceu em outubro de 2016, no interior do município, e foi motivado por conta do recebimento de uma herança. Agostinho foi condenado a uma pena de 21 anos e Deivid a uma sentença de 18 anos de prisão em regime fechado. Ambos foram enquadrados pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e mediante dissimulação). Eles também foram condenados por fraude processual, furto e porte ilegal de arma de fogo. A sentença foi dada na última terça-feira (12).
Segundo a Justiça, o crime aconteceu a mando de Margarete Rodrigues da Silva, filha da vítima e companheira de Agostinho, que cometeu o crime junto com o sobrinho Deivid de Aguiar Campos. A mulher está sendo processada em outra ação e não há data para o tribunal do júri.
O crime
O crime foi registrado no dia 10 de outubro de 2016, na localidade de Chapadinha, no interior de Bom Jesus. Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Margarete soube, três meses antes, que o pai iria receber uma herança de R$ 300 mil. A mulher foi até o cartório da cidade pedir amplos poderes para o gerenciamento da vida financeira dele, mas a procuração foi revogada pelo pai dez dias depois de ter sido assinada. A partir daí, os três arquitetaram a execução do homem com a intenção de ter acesso à quantia.
No dia do crime, os dois homens foram até a residência da vítima e atiraram contra ele. Na tentativa de simular um latrocínio (roubo com morte), eles reviraram a residência de Demétrio, jogando roupas pelo chão e trocando objetos de lugar. Além disso, furtaram da casa da vítima um celular e uma TV. Posteriormente, os objetos foram localizados com eles. Já a arma utilizada para o crime foi encontrada na casa de Deivid, em Caxias do Sul, em cumprimento de mandado de busca e apreensão.
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