A saída da Força Gaúcha de Pronta Resposta do interior para concentração em Porto Alegre, desde a última semana, não tem impacto direto no policiamento na Serra. No ano passado, a presença dos policiais e viaturas desse grupo de reforço da segurança pública foi recorrente em Bento Gonçalves, que enfrentava uma onda de homicídios. Neste ano, porém, a única ocasião em que estiveram presentes na Serra foi durante a Festa da Uva.
— Em Bento Gonçalves, no ano passado, eles vinham em períodos alternados, de 15 dias. Ficavam por um período, depois eram destinados a outro ponto do Estado onde era necessária a utilização da Força. Posteriormente, voltavam a Bento — explica o coronel Ricardo Fraga Cardoso, titular do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Serra Gaúcha (CRPO/Serra).
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O coronel lembra também que, no último ano, foram empregadas as Patrulhas Especiais (Patres) de Porto Alegre em Bento Gonçalves e em alguns momentos em Caxias do Sul também, onde o foco era buscar a redução de crimes como assaltos a bancos e violação de caixas eletrônicos.
— E esses crimes diminuíram. A Patres pode ser chamada a qualquer momento quando há necessidade de reforçar a segurança na região — complementa o comandante.
Já com relação à Força Gaúcha de Pronta Resposta, a perspectiva é que o próximo emprego do grupo na Serra ocorra durante a 140ª Romaria de Caravaggio. O coronel explica que uma equipe básica da Força Gaúcha é constituída por 20 policiais da Brigada Militar e cinco viaturas. A finalidade da Força Gaúcha de Pronta Resposta é geralmente o policiamento ostensivo, isto é, que os policiais sejam vistos pela população, aumentando a sensação de segurança, prevenindo e, se necessário, reprimindo crimes. Um dos empregos costumeiros da Força Gaúcha é em barreiras policiais.
Inspirada na Força Nacional de Segurança, a Força Gaúcha possui uniforme camuflado — diferente dos demais batalhões — e caminhonetes do tipo 4x4 com identificação própria. O batalhão foi criado em setembro de 2018. Os integrantes, a maioria PMs da reserva que foram chamados à ativa mediante pagamento de gratificação, usam fuzis 5.56, uma arma de grosso calibre.