O corpo de Edson Nunes Júnior da Silva, 33 anos, foi encontrado no interior de Caxias do Sul na manhã desta quarta-feira (6). Na sequência, o sogro dele teria confessado o homicídio e alegado legítima defesa. O investigado afirma que a discussão iniciou entre o genro e a filha, por isso interveio e acabou matando-o.
Silva, que era considerado desaparecido desde segunda-feira (4), foi morto em uma casa a quatro quilômetros de onde o corpo foi encontrado, em uma estrada vicinal de Vila Oliva que dá acesso a Tunas Altas. A Delegacia de Homicídios investiga o caso como homicídio e ocultação de cadáver.
O sogro de 48 anos teve decretada a prisão temporária no final da tarde. Conforme seu depoimento, a vítima foi morta com golpes de barra de ferro e depois de um instrumento cortante, provavelmente uma foice.
— Ele (investigado) diz que todos moravam na mesma casa e a confusão começou entre o genro e filha que teria gerado uma situação de legítima defesa. É a versão que ele apresentou, mas vai ser confrontada pelos outros elementos. Temos de ouvir outros envolvidos e aguardar as perícias — afirma o delegado Rodrigo Kegler Duarte.
Após o crime, o sogro afirma que enrolou a vítima em um plástico e o levou até este ponto, a quatro quilômetros da casa, onde o corpo foi encontrado na manhã desta quarta-feira (6). Nesta versão, o investigado afirma que agiu sozinho. Contudo, a Polícia Civil pretende ouvir um quarto morador da residência.
A filha, que foi quem registrou o desaparecimento de Silva na segunda-feira, teria visto o início da briga e que o companheiro foi ferido. Na sequência, porém, foi retirada do local e não viu mais Silva.
Esse é o nono assassinato registrado em Caxias do Sul em 2019. No mesmo período do ano passado, o município já contabilizava 15 mortes por violência.