Adotada pela comunidade de Forqueta, que arregaçou as mangas para promover reformas importantes que o governo do Estado nunca conseguiu fazer, a Escola Estadual José Generosi, em Caxias do Sul, sofreu um duro revés, que foi descoberto ontem. Bandidos invadiram o colégio durante o final de semana, levaram 15 netbooks educacionais, um notebook usado pela supervisão da instituição, uma pasta com registros de 2017 e ainda vandalizaram as paredes com pichações.
Conforme a diretora Suzana Nilson de Barros, a ação foi percebida ontem de manhã, pela vice-diretora, que é a primeira pessoa a chegar na escola. Os ladrões entraram na sala da supervisão e no laboratório de ciências.
— Além do prejuízo financeiro, o que nos deixou bastante chateados foi o impacto dos estragos. É um espaço recém reformado pela comunidade, ex-alunos e pais. Diversas pessoas com vínculos sentimentais com a escola participaram. Estava um ambiente agradável e bonito, que sofreu com estes atos. Incomodou muito a comunidade. Pareceu uma afronta, acima até do roubo. Esses netbooks, para quem pegou, é difícil fazer a revenda pois são específicos de escolas — relatou a diretora, acrescentando que os 15 netbooks levados fazem parte de um acervo de 30 aparelhos disponibilizados aos alunos para atividades em sala de aula.
Ainda segundo Suzana, as portas não tinham sinais de arrombamento, o que pode indicar que alguma delas não tenha sido trancada na semana passada.
— O transtorno foi maior pela manhã, pois tivemos que suspender as aulas. À tarde, ocorreram normalmente. Estamos nos organizando para trocar fechaduras e reforçar os alarmes. Na sala de informática, que tem outra tipo de fechadura, eles não conseguiram entrar. Estamos verificando o que podemos fazer diante dos recursos que temos. Para nós, ficou o sentimento de impotência e falta de respeito com o trabalho que fazemos. Por outro lado, há uma mobilização grande para nos ajudar.
O furto foi registrado junto à Brigada Militar e o caso deve ser investigado pelo 2º Distrito Policial.
A diretora adiantou também que integrantes da torcida organizada Mancha Verde contataram a escola ainda na manhã desta segunda-feira, pois viram as fotos das pichações e identificaram um símbolo semelhante ao usado por eles.
— O pessoal da Mancha Verde veio pela manhã. Eles querem que esse caso seja elucidado para que o nome da torcida não seja confundido — adiantou a diretora.
A ideia, conforme Suzana, não é remover as pichações:
— Pretendemos fazer um trabalho junto com grafiteiros para o estrago virar algo bonito.