Se no primeiro turno a abstenção em Caxias do Sul foi de 24,79% (82.724 eleitores), neste domingo de segundo turno - em que o município elegeu Adiló Didomenico (PSDB) como seu novo prefeito - o número de eleitores que deixou de votar foi ainda maior: 84.651 caxienses não exerceram o direito ao voto, o que representa 25,37% do eleitorado.
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Ainda no meio da tarde, o gerente do Cartório Eleitoral de Caxias do Sul, Edson Borowski, sinalizava que o índice deveria superar o do primeiro turno, algo que condiz com uma tendência histórica em Caxias. Em relação ao segundo turno da eleição de 2016, no entanto, o aumento da abstenção é expressivo. No pleito que elegeu Daniel Guerra, 10,73% dos eleitores não votaram.
A juíza eleitoral de Caxias do Sul, Luciana Fedrizzi Rizzon, avalia que a pandemia foi o principal fator que contribuiu para o aumento da abstenção. Vale destacar que no primeiro turno o município estava em bandeira laranja do distanciamento controlado, e desde a última sexta-feira está em bandeira vermelha, devido ao aumento da taxa de contágio.
- Ficou dentro do que esperávamos, principalmente por conta da pandemia. A gente imaginava que poderia ter uma complicação a mais por causa da chuva que estava prevista, mas isso não aconteceu. Também não houve outros problemas como filas ou aglomerações, o que é algo a comemorarmos - destaca.
Luciana também ressalta que em localidades onde o número de eleitores é menor, mesários relataram que houve uma troca: pessoas que votaram no primeiro turno deixaram de ir neste domingo, enquanto outras que não haviam comparecido no último dia 15 desta vez foram votar.
- Foi curioso reparar nessa alternância. É algo que em comunidades onde todo mundo se conhece é fácil ter essa percepção - comenta a juíza.