O pedetista Ciro Gomes foi uma das presenças inusitadas no tapete vermelho do Festival de Cinema de Gramado domingo à noite. Ele veio assistir ao filme Legalidade, de Zeca Brito, sobre a luta do fundador de seu partido, Leonel Brizola, para garantir a posse do então vice-presidente João Goulart após renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Enfrentando gritos pró-Bolsonaro dos turistas e gramadenses que aguardavam pelos famosos no tapete, ele parou para falar com jornalistas sobre a importância do filme.
— As ciências estão sendo atacadas, a educação tá sendo agredida, e a cultura tá sendo insultada. Esse filme mostra na nossa própria história a grandeza de um homem de se expor até o risco de morrer para defender o país, a democracia e o direito das pessoas terem liberdade, é uma lição preciosa para todos nós.
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Aproveitando a inserção num ambiente pouco usual, um festival de cinema, Ciro contou à coluna qual seu filme preferido:
— É Blade Runner (1982), a primeira versão, ele antecipa algumas questões da sociedade de consumo, da falta de escrúpulos com relação à destruição da humanidade em função da otimização do problema utilitário, do consumo, isso tudo me fez pensar já muito jovem.