O Conselho de Educação de Caxias do Sul publicou no Diário Oficial do Município da quarta-feira (28) parecer favorável ao encerramento das atividades da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha a partir de 2019. A instituição, hoje com 11 estudantes, atende a comunidade da Linha 40, no interior do município, desde 1910, com turma multisseriada do 1º ao 5º ano. Desde 2003, tinha também Educação Infantil.
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O fechamento partiu de solicitação da Secretaria Municipal da Educação. A pasta cita as condições precárias da estrutura da escola como razões: piso comprometido, telhado com infiltração, necessidade de cercamento da área e adequações para continuar atendendo a Educação Infantil. Como o imóvel não é do município, a prefeitura não pode investir no local. Os alunos serão realocados para a escola Luiza Morelli, no loteamento Maestra, com transporte pago pela prefeitura. De acordo com a secretária Marina Matiello, o terreno da instituição está em processo de doação. Quando o trâmite for concluído, é possível que a escola volte a funcionar.
— O prédio está tomado por cupins. Estávamos encaminhando o projeto de reforma e então se verificou que não terreno não estava no nome do município. Assim que se resolver, dependendo o número de alunos, podemos fazer a reforma e os alunos podem voltar — projeta.
Na mesma edição do Diário Oficial, o Conselho também acata o pedido da prefeitura para deixar de oferecer algumas séries em outras escolas do interior. A partir de 2019, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Aristides Rech, em Criúva, não ofertará mais do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. Ali, Marina diz que há um problema de espaço. Como as famílias da região — mesmo quem não está mais próximo da escola — tendem a preferir a instituição municipal, que conta com Educação Infantil, em detrimento de outras duas escolas estaduais, há risco de que o espaço fique superlotado.
— Temos três salas, uma para Educação Infantil e outra para anos iniciais. Decidimos então encerrar a partir do quarto ano, depois do ciclo de alfabetização, dando prioridade para os pequenos. E os outros seguem para a escola do Estado dois anos antes — aponta.
Já a Escola Municipal de Ensino Fundamental Vitório Rech Segundo, em Ana Rech, deixará de ofertar o 6º ano em 2019. Conforme a secretária, em geral as escolas rurais atendem até o 5º ano e a Vitório Rech era exceção.
— A partir do 6º ano, os alunos passam a ter vários professores. Alguns, de inglês, artes, educação física, têm um período semanal e perdiam de duas a três horas de deslocamento para ir a Ana Rech e depois para outras escolas — justifica.
A partir do ano que vem, já no sexto ano os alunos passarão para a Escola Estadual de Ensino Médio Irmão Guerini. Os estudantes também terão o transporte custeado.
No final do ano passado, a prefeitura fechou três escolas rurais que tinham menos de 10 alunos: a Clóvis Beviláqua, em Fazenda Souza; a Felipe Camarão, em São João da 4ª Légua; e a Antônio Zanini, em Monte Bérico. Para o ano letivo de 2019, a secretária diz que não há situações semelhantes previstas.