Desde que se cogitou a interrupção das atividades do Pronto-Atendimento 24 Horas (Postão) para reformas, na última sexta-feira (28), a prefeitura de Caxias do Sul não se manifestou sobre o assunto. Na tarde desta terça-feira (2), em meio a protestos na frente da unidade e o cancelamento de uma assembleia do Secretário Municipal da Saúde com os servidores do local, o Pioneiro questionou o prefeito Daniel Guerra (PRB), que participava da abertura da Mercopar, sobre o fechamento do Postão.
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Perguntado três vezes, Guerra não respondeu se o Postão terá de fechar para as obras que visam transformar a unidade em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nível três III. O prefeito se limitou a enumerar as conquistas da administração municipal da área da saúde e a dizer que o usuário do serviço não ficará desassistido.
— Nós estamos dando um passo importantíssimo no Postão, que tem uma infraestrutura inadequada e passa por uma reforma, que seremos bastante firmes na fiscalização. O foco principal é o nosso usuário, que seja garantido de forma permanente um serviço de qualidade — declara.
O prefeito também condenou com veemência o protesto de servidores, sindicalistas e integrantes do Conselho Municipal de Saúde realizado no Postão durante esta terça-feira.
— Nós lamentamos profundamente o desrespeito ocorrido na data de hoje, não se pode admitir isso com os nossos usuários, que foram afrontosamente atacados. Inclusive dificultou-se o atendimento de pessoas que necessitavam.
Segundo Guerra, os manifestantes invadiram a unidade e serão responsabilizados por isso.
— Houve a invasão de um serviço de urgência e emergência, isso é um crime, e nós iremos tomar todas as medidas, como já estamos tomando, para normalização imediata e o restabelecimento da ordem. Isso não é manifestação, isso é anarquia — reforça.
Às 16h, o prefeito tinha reunião marcada com vereadores para esclarecer a situação do Postão. O encontro ocorre na prefeitura, com portas fechadas.
Confira a entrevista com o prefeito Daniel Guerra: