O Pioneiro está publicando, por ordem alfabética, entrevistas com os 8 concorrentes melhores colocados a pesquisa Ibope para o Senado divulgada em 21 de setembro. Os gaúchos irão votar em 7 de outubro duas vezes para senador.
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O terceiro entrevistado é Beto Albuquerque, 55 anos, do PSB. Beto é natural de Passo Fundo. Ele é formado em Direito e foi deputado estadual duas vezes, federal em quatro mandatos e secretário de Estado. Em 2014, após a morte de Eduardo Campos, então candidato do PSB à Presidência, abdicou da candidatura ao Senado e assumiu como vice na chapa ao lado de Marina Silva (à época no PSB).
1. Qual o principal problema que o RS enfrenta, na sua opinião?
O principal problema de nosso Estado atualmente é a dívida (assumida com a União), que leva R$ 3 bilhões todos os anos aqui do Rio Grande do Sul. O Estado sofre a pior crise de sua história justamente porque perdeu o crédito e está insolvente, não podendo fazer financiamentos nem sequer pagar todos os seus servidores em dia. Quer dizer, vivemos uma dificuldade estrutural de um Estado que, durante 40 anos, decidiu gastar mais do que arrecadava, empurrar com a barriga os problemas, buscar financiamentos para pagar outros financiamentos e que hoje chegou no fundo do poço.
2. Qual a principal bandeira que o senhor pretende levar para o Senado?
O senador, que é o representante do Estado, não pode colocar o seu partido, a sua ideologia, na frente dos interesses políticos dos gaúchos e das gaúchas. Então, é preciso ter essa compreensão. Já ao longo da minha trajetória política, eu atuei fortemente em defesa de saúde e educação públicas de qualidade. Vou continuar lutando por isso. Mas também acho que o Senado do Rio Grande do Sul foi muito omisso em relação aos interesses do nosso Estado nos últimos anos. Quero ter uma atuação mais contundente em defesa do Rio Grande, lutar pela renegociação da dívida, pelo ressarcimento da Lei Kandir (que prevê isenção de ICMS para produtos de exportação), para o saneamento das crises, sejam elas na saúde, na construção civil, na indústria, no polo naval de Rio Grande ou nas obras paradas.
3. Qual sua posição sobre o regime de recuperação fiscal?
O acordo fiscal proposto pode até não ser o ideal, mas é urgente que seja aprovado, e é fundamental para o RS ter pelo menos seis ou sete anos de fôlego pela frente. Claro, desde que não tenha a ideia de gastar mais, mas sim de ajustar mais. Eu estarei ao lado do Estado seja quem for o governador, de que partido for. Vou defender a nossa gente gaúcha e vou exercer plenamente o dever constitucional de um senador, que é estar ao lado do Rio Grande do Sul, dos gaúchos e das gaúchas. As reformas e muitas medidas de ajustes precisam continuar sendo feitas no Rio Grande do Sul. Nós precisamos receber o que é do nosso direito e fazermos o tema de casa, que está sendo feito, com todas as dificuldades também, pelo governador (José Ivo) Sartori.
Perfil
:: Nome na urna: Beto Albuquerque
:: Número: 400
:: Partido: PSB
:: Coligação: Rio Grande no Rumo Certo (MDB/PSD/PSB/PR/PSC/PATRI/PRP/PMN/PTC)
:: Naturalidade: Passo Fundo (RS)
:: Escolaridade: superior completo.
:: Profissão: advogado.