Prestes a completar um ano do incêndio que matou duas idosas no Asilo Santa Isabel, em Vacaria, em 1º de junho de 2017, o projeto de construção do novo imóvel ainda não saiu do papel. Devido a questões burocráticas, o início das obras deve ficar para o segundo semestre. O documento que detalha a construção foi encaminhado no início de abril à Caixa Econômica Federal, responsável por repassar o valor liberado pela União.
Leia mais
Moradores de asilo destruído pelo fogo em Vacaria são transferidos para novo abrigo
Governo do Estado repassa R$ 500 mil para reconstrução de asilo que pegou fogo em Vacaria
Segundo o promotor Luís Augusto Gonçalves Costa, após o primeiro envio, a Caixa solicitou complementações, que já foram realizadas, e o documento voltou para a análise final. O material foi elaborado por uma equipe voluntária de arquitetos e passou por ajustes da Secretaria de Municipal de Planejamento de Vacaria. A estimativa, segundo o promotor, é que o projeto seja aprovado nos próximos dias e até 15 de maio inicie a licitação para a escolha da empresa que será responsável por construir o novo prédio. Este processo ficará a cargo da administração municipal.
Após a licitação, que demora de 60 a 90 dias, a obra deve durar de 12 a 18 meses. O novo asilo ficará no mesmo terreno onde estava situado o que incendiou. O local passou por terraplanagem e retirada dos escombros entre o final do ano passado e os primeiros meses deste ano.
Os recursos para a construção vêm do governo federal (R$ 900 mil) e estadual (R$ 500 mil, via Banrisul), além de R$ 400 mil da Câmara de Vereadores e R$ 300 mil doados pela comunidade _ deste último valor, cerca de R$ 80 mil foram utilizados para melhorias na casa alugada temporariamente no bairro Fátima. Foi construído um salão de festas e foram feitas adequações para abrigar os 37 usuários que vivem no local. A casa é alugada por um valor simbólico.
Atualmente, o Asilo Santa Isabel atua quase em capacidade máxima. Conforme a assistente social do Lar, Cristiane Siota, há apenas uma vaga para a ala masculina disponível, completando o quadro de 38 idosos. São 14 funcionários fixos que trabalham no local e outros cinco terceirizados. Ela diz que o apoio da comunidade está sendo fundamental desde a época do incidente.
— Agora estamos com um projeto de trazer crianças da pré-escola uma vez por mês. Está dando muito certo e tem trazido um resultado muito positivo para os idosos. Eles sentem falta, porque muitos não têm filhos e nem netos e, ao mesmo tempo, algumas destas crianças não têm os avós — ressalta Cristiane.