Neste momento, o 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) não irá realizar nenhuma operação específica no complexo do Jardelino Ramos, onde criminosos fortemente armados abordaram pessoas na noite do último sábado e permaneceram escondidos até esta terça-feira. O comando afirma que precisaria de informações mais precisas e amparo legal. O entendimento é que, no momento, a melhor estratégia é monitorar movimentações criminosas e deixar a investigação da Polícia Civil prosseguir.
Sobre a invasão, o major Emerson Ubirajara, subcomandante do 12º BPM- ressalta que Caxias do Sul ainda não é uma cidade dominada por facções.
– As (organizações) que são conhecidas ainda não conseguiram se estabelecer e ter áreas definidas. Mas, como toda cidade grande, é um caminho que está começando a ser percorrido. Se (eles) não se estabeleceram, é porque há uma resposta efetiva da BM. Nosso trabalho ainda consegue adotar providências para que situações como estas não se estabeleçam – declarou Ubirajara.
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Os relatos da invasão para domínio do tráfico de uma facção de Porto Alegre causou estranheza ao delegado Adriano Linhares. O chefe da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) ressalta que tudo será apurado e investigado, mas aponta que o cenário descrito não é algo coerente com a realidade de Caxias do Sul. Linhares ressalta que a BM e os investigadores da Polícia Civil estão sempre nas ruas.
– Essa coisa de grupo e facções não se sustentam. Eles não estão dominando (localidades). O Estado está sempre atacando. Iremos investigar e prender (os responsáveis). De uma forma ou de outra (os criminosos) vão caindo. Todo dia tem traficante preso e prisões de um sujeito que pertence a um grupo ou outro. Na conjuntura de Caxias, não vejo se perpetuar uma situação destas – afirma Linhares.
O delegado complementa:
– A tentativa é livre. Mas a resposta existirá. Por mais que o grupo A, B ou C tente se projetar, existe a resposta. Todos os dias há prisões.