O Conselho de Sentença que analisava o processo contra Eduardo Farenzena, 31 anos, nesta sexta-feira, foi dissolvido após uma fala do Ministério Público (MP). Desta forma, o julgamento será remarcado para uma nova data — provavelmente em novembro — e com novos jurados. Farenzena era julgado pelo assassinato do padrasto, Ivandir da Silva Mairesse, 33, no dia 13 de setembro de 2011 .
— O julgamento foi dissolvido porque houve um problema técnico. O Ministério Público fez uma determinada fala que as defesas entenderam que não estava de acordo com o que podia ser falado. Eu acolhi este argumento — explica a magistrada Milene Fróes Rodrigues Dal Bó.
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O MP era representado pela promotora Silvia Regina Becker Pinto. Em sua fala, a promotora fez menção, em três oportunidades, aos crimes que a mãe de Farenzena, Rosmarina Silveira de Oliveira, já havia sido absolvida durante o processo. A defesa postulou que Rosmarina não poderia ser citada nos crimes de ocultação de cadáver e homicídio qualificado.
— A defesa entendeu um problema técnico. Eu não entendo problema técnico nenhum. A juíza acolheu a postulação da defesa e dissolveu o conselho de sentença — afirmou Silvia.
Um dos representantes da defesa de Farenzena, o advogado Ivandro Bitencourt Feijó ressalta que foram feitas referências a crimes que estavam na denúncia do MP, mas foram afastados antes da sentença de pronúncia, que foi assinada pela juíza Milene Fróes Rodrigues Dal Bó e mantida após recursos em instâncias superiores.
— Ficou insustentável, pois é um flagrante prejuízo se defender de um crime que não está sendo julgado. Nesta situação, é uma das primeiras vezes que visualizo. É processo muito grande e de muita repercussão, mas tenho que dizer que não é tão comum — aponta Feijó.