Quase dois anos depois, uma antiga suspeita sobre a morte da estudante Ana Clara Adami, 11 anos, voltou a ser investigada pela Polícia Civil a pedido do Ministério Público (MP). De acordo com a promotora Sílvia Regina Becker Pinto, há um conjunto de informações novas que podem indicar que a criança teria sido assassinada a mando de uma mulher. Os novos indícios, que são mantidos em sigilo, são apurados pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Para os investigadores da DPCA, porém, a conclusão inicial ainda é de que a estudante morreu durante um roubo frustrado.
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A hipótese é referente a uma suposta briga de Ana Clara com outra garota. A mandante do crime, portanto, poderia ser a mãe desta menina: uma mulher com diversos antecedentes criminais e que está recolhida por outros crimes no Presídio Regional desde outubro. Por esta linha de investigação, o autor do disparo continuaria sendo Gedson Pires Braga, o Cavernoso, 24. O suspeito, no entanto, foi assassinado um mês depois do crime em uma disputa pelo tráfico de drogas no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz.
A possibilidade de Ana Clara ter sido ameaçada por um colega era cogitada desde o início do inquérito policial, porém nenhuma diligência confirmou a suspeita. Na época, o delegado Joigler Paduano solicitou a quebra da privacidade de um perfil no Facebook. O acesso à Policia Civil foi determinado pela Justiça, contudo a representação brasileira da empresa responsável pela rede social respondeu que a solicitação precisava ser enviada à sede nos Estados Unidos. O documento foi traduzido e remetido, mas ainda não houve resposta. Essa seria uma das razões para o inquérito policial ainda não ter sido concluído.
– Queremos exaurir todas as linhas de investigações. Mas não acredito em um fato novo. Mais de 20 crianças foram ouvidas e não há nenhuma prova neste sentido (das ameaças). Os indícios apontam para uma tentativa de roubo a pedestre – afirma o delegado Joigler Paduano.
Investigações retomadas
Polícia volta a investigar morte de Ana Clara em Caxias do Sul
Os novos indícios, que são mantidos em sigilo, são apurados pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
Leonardo Lopes
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