A Polícia Civil deflagou na manhã desta quarta-feira a Operação Novo Cangaço, de combate a roubo de bancos no Noroeste do Rio Grande do Sul. A ação é resultado da investigação dos ataques às agências do Sicredi e Banrisul de Miraguaí, além do roubo à Brigada Militar da mesma cidade, em 6 de fevereiro. Um PM foi feito refém e usado como escudo humano pela quadrilha. Nesta manhã, 17 pessoas foram presas, entre elas, indígenas.
Duas delas foram presas em Vacaria, na Serra, e um terceiro é procurado. Vagner Cavalheiro dos Santos e Ivan Silva de Lima, ambos de 22 anos, foram capturados no bairro Barcelos. Com eles, foi apreendida uma espingarda. Leonardo Pereira de Oliveira, 22, que também estava com a prisão preventiva decretada, é considerado foragido.
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– Os dois mandados de busca e três de prisão preventiva são referentes as investigações de Três Passos e os suspeitos serão apresentados naquela delegacia. Os três investigados não são de Vacaria, mas estavam refugiados na cidade – explica o delegado Flademir de Andrade, que chefiou a ação na Serra.
Lima e Oliveira já haviam sido detidos no sábado, após uma perseguição da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que iniciou na BR-116 e seguiu até o bairro Barcelos. Na ocasião, foram apreendidos 41 cartuchos de calibre .12 e R$ 5,5 mil em espécie _ provavelmente dinheiro oriundo do roubo a banco.
– Para não atrapalhar a investigação desta operação, utilizamos da ferramenta de prorrogar o flagrante. Assim, os suspeitos foram liberados e foi possível reunir mais evidências sobre a participação deles no roubos a banco no Noroeste do estado – aponta o delegado Andrade.
Operação ocorre em nove cidades
A operação comandada pelo delegado de Miraguaí, Roberto Fagundes Audino, cumpre 16 mandados de prisão, 29 mandados de buscas e apreensões e o sequestro de quatro veículos e um implemento agrícola, todos adquiridos com o dinheiro dos roubos.
Os mandados são para as cidades de Redentora, Miraguaí, Tenente Portela, Três Passos, Planalto, Cerro Grande, Carazinho, Vacaria e Bom Jardim da Serra (Santa Catarina), inclusive com o auxílio de helicópteros.
Em aproximadamente 45 dias de investigação, a força-tarefa apurou que a quadrilha era composta por pelo menos 16 integrantes e era especializada em assaltos a bancos, roubos de veículos e roubos a estabelecimentos comerciais. Não estão descartadas as ações desta quadrilha em outros crimes.