Prevista para começar a funcionar a partir de março, a futura secretaria de Segurança de Bento Gonçalves vai focar em dois objetivos: reforço na infraestrutura, principalmente com a construção de um segundo presídio na cidade, e policiamento nas ruas. A pasta é a principal novidade da gestão do prefeito reeleito Guilherme Pasin. Quem vai comandá-la é o tenente-coronel José Paulo Iahnke Marinho, que ocupa atualmente o cargo de chefe de operações da Casa Militar do governo do Estado. A criação da secretaria precisa de aprovação da Câmara de Vereadores e previsão orçamentária.
– Hoje temos cercamento eletrônico e câmeras, mas a convicção é que necessitamos ampliar a estrutura. Por outro lado, queremos um modelo de policiamento ostensivo. A estrutura visa atingir um caminho pensante para um modelo de segurança à nossa comunidade – explica Pasin.
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De acordo com o prefeito, não será formada uma Guarda Municipal num primeiro momento. Ainda não há a definição do número de servidores para a pasta. Ele afirma que está buscando pessoas com qualificação técnica e perfil vinculado à resolução de ações, e salienta que a escolha de Marinho ocorreu pela credibilidade:
– Ele comandou o batalhão de Bento por muito anos, é morador da cidade, possui família aqui e é uma pessoa com facilidade de comunicação. Tem uma credibilidade incrível.
O reforço na segurança foi uma das principais exigências dos eleitores durante a campanha de 2016. Isso porque aumentou índices de criminalidade em Bento, como latrocínios, roubos e furtos. Além do combate à violência, uma das grandes metas da gestão de Pasin é tirar do papel o plano de erguer um novo presídio, e para isso ele contará com o trabalho organizado da secretaria.
Em novembro de 2016, o governo estadual disse que a concretização depende da permuta de terrenos e prédios localizados na Linha Palmeiro, área que foi disponibilizada pelo município. O processo se arrasta desde 2013, quando o Ministério Público solicitou desativação da atual penitenciária, que oferece risco à população porque está no centro da cidade, ao lado de residências, estabelecimentos comerciais e próxima a uma escola.
O espaço sofre também com superlotação e problemas estruturais. O orçamento preliminar para a nova cadeia, que abrigará 388 detentos e terá salas de estudo, oficinas e separação para dependentes químicos, é de R$ 15 milhões.