Viajar pelo mundo a bordo de uma camionete durante três anos é a nova rotina do casal nordestino Marcelo Freitas, 51 anos, e Benedita Maria de Oliveira, 53 anos. O funcionário bancário aposentado e a dona de casa decidiram percorrer uma lista extensa de países para superar mais de 100 mil quilômetros e colecionar boas histórias. Neste fim de semana, o casal desembarcou em Caxias do Sul e se hospedou na casa de uma caxiense via aplicativo Couchsurfing, que permite o aluguel de cômodos de residências. Visitaram também Flores da Cunha e seguem para Gramado e Bento Gonçalves. Por aqui, além da gastronomia, o jeito acolhedor dos moradores conquistou a dupla.
– Fomos convidados para jantar na casa dos pais da moça que está nos hospedando. Aquela mesa farta, delícias italianas, vizinhos chegando para conversar. Esta é a melhor parte – define Marcelo.
Leia mais:
Uma pessoa morre em acidente entre bicicleta e carro em Bom Princípio
Polícia tem acesso às imagens que mostram momento em que florista é morto por assaltantes em Caxias
"Não dá mais", diz moradora sobre ataques ao Banrisul de Otávio Rocha, em Flores da Cunha
A vontade de viajar por tanto tempo foi nutrida nos 31 anos em que estão casados. Até agora, afirmam não ter encontrado muitos desafios ou problemas - nem de saúde e nem da manutenção da camionete, cuja concessionária oferece revisões gratuitas. A Amarok movida a diesel porta uma estrutura de madeira onde fica um colchonete, assim possibilitando eventuais paradas e descansos no meio do caminho.
– Temos muita sorte de só ter encontrado gente boa no nosso caminho – afirma o bancário aposentado.
Da Serra, eles seguem para Porto Alegre e depois rumam a Ushuaia, cidade da Argentina. O próximo destino será o Alaska. Eles ainda não sabem exatamente como se deslocarão da América do Norte para a Europa e Ásia - avião ou navio, mas o que sabe é que a ordem é economizar e desfrutar das boas paisagens e companhias que surgirão ao longo do trajeto.
– Ponto turístico é importante sim conhecer, mas o mais legal são as experiências, o povo de cada lugar – comenta.
