"Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” foi o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. O assunto pegou boa parte dos estudantes de surpresa, embora seja abordado com frequência em salas de aula. Na tarde deste domingo, segundo e último dia do Enem, a reportagem do Pioneiro foi até o Instituto Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, ouvir o que alguns dos inscritos no exame abordaram em suas redações.
Aluno do Colégio Estadual Santa Catarina, Nicolas Oliveira, 16 anos, considerou o tema fácil. Cita inclusive que algumas questões objetivas da prova foram sobre religião.
– Eu falei que quando o assunto é religião, sempre há dois lados e sempre haverá impasse. Mas independente de questões econômicas, sociais e políticas, o respeito tem de estar acima de tudo – conta o jovem.
Aluna da Escola Estadual Evaristo de Antoni, Nathália do Amaral, 19 anos, comenta que levou cerca de 1h30min para escrever a redação.
– É um assunto que eu gosto bastante, mas demorei um pouco para soltar as ideias. Escrevi sobre o impacto que a religião tem no Brasil, um país que abriga muitas crenças diferentes. Falei um pouco sobre as principais e quais são as diferenças entre elas – diz Nathália.
Aos 57 anos, o segurança Nelson Lopes concluiu o ensino médio há mais de 10 anos, e realizou o Enem pela primeira vez. Ele espera entrar na faculdade de Direito, e diz ter se preparado bastante. Sobre a redação, considera que o assunto foi bem escolhido.
– Achei o tema foi bem adequado, porque hoje em dia a gente vê muita discriminação ocorrendo por causa da religião, sendo que Deus é um só. Minha redação foi sobre a importância da conscientização, a fim de evitar discussões que muitas vezes acabam em violência – avalia.
Cerca de 14 mil pessoas se inscreveram para prestar o Enem 2016 em Caxias do Sul. As provas ocorreram no sábado e no domingo, em oito instituições de ensino da cidade.
Professora Maria Tereza Faria, do Universitário, comenta a prova: