A chegada de um bebê é um dos momentos mais especiais e esperados pelos pais. Mas, junto com a alegria e a expectativa, o período pode vir acompanhado de dúvidas e receios. Esses sentimentos tendem a ficar ainda mais presentes quando a criança, ainda na barriga, mostrar que precisará de cuidados especiais por ter algum tipo de deficiência, seja a prematuridade, a cardiopatia ou alguma síndrome. Para dar apoio e suporte a pais e a mães, grupos de acolhedores já foram formados em Estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
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No último final de semana, Caxias do Sul começou a criar uma rede na região.
– Hoje, não existe esse suporte específico em Caxias e, muitas vezes, os pais são orientados de forma errada ou desatualizada. Tem muita gente que ainda diz que os bebês com síndrome de Down, por exemplo, serão dependentes a vida inteira. Esse novo grupo, formado por pais que passaram pela mesma situação e por profissionais da área da saúde, pretende agir como uma assessoria, auxiliando, tirando dúvidas e deixando aquela família mais segura, acolhida – explica Tania Mara da Rocha, presidente da Comunidade Down Caxias, entidade que está promovendo a atividade.
O curso será ministrado pela paulista Mônica Fraga Moreira Xavier, profissional que já formou outras turmas no Brasil. Ocorrerá em dois módulos, um já desenvolvido no sábado, e outro previsto para março do ano que vem. Cerca de 20 pessoas participaram do primeira etapa, a maioria da área da saúde.
– Dependendo da informação que os pais recebem, e da forma como ela é passada, a espera pelo bebê pode se tornar uma tarefa muito difícil. A inclusão começa na maternidade e, se a mãe não aceitar o seu bebê, será frustrada para o resto da vida. O papel do acolhedor é transformar pesadelos em sonhos. O curso prepara a equipe de saúde para o contato com os pais e também capacita mães e pais – resume Mônica.
Mesmo que o segundo módulo seja realizado somente no ano que vem, os participantes já poderão colocar em prática os ensinamentos que aprenderam no sábado, segundo a ministrante.
Fotografia como inclusão
Durante o curso, a fotógrafa Laura Chiaradia expôs fotos de crianças e jovens com necessidades especiais, a maioria acompanhada pelos pais. Com dois casos na família e depois de trabalhar com pequenos com autismo e síndrome de down, ela se engajou na causa e resolveu se especializar.
Para Laura, a fotografia é uma forma de inclusão:
– Ser diferente é normal! Quanto mais imagens forem divulgadas, mais aproximamos as diferenças, quebramos tabus e derrubamos preconceitos.