Equipamento foi instalado na Jacob Luchesi, próximo a ponto onde mulher morreu em 2015. Uma demanda antiga da comunidade do bairro Santa Lúcia Cohab, em Caxias do Sul, se aproxima de uma solução: a partir da próxima semana, a Rua Jacob Luchesi ganha mais um semáforo para pedestres. O equipamento começou a ser instalado na segunda-feira, entre as ruas Pedro Eberle e Eliseu Paglioli, ponto de grande fluxo de veículos e pedestres.
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A operação também marca a retomada do projeto Travessia Segura, que prevê a implantação de semáforos que são acionados por pedestres em vários pontos da cidade. Ou seja, o trânsito de veículos só é interrompido quando o pedestre solicita.
De acordo com o diretor de sinalização da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Rogério Garcia, vários pontos da cidade deixaram de receber o equipamento por falta de porta-focos, que é um conjunto com lentes de led que emite os sinais verde ou vermelho para os pedestres. A chegada do aparelho está prevista para os próximos dias, e outras instalações serão retomadas em outubro.
O projeto Travessia Segura, que começou a ser implantado em julho do ano passado, já instalou 18 sinaleiras na cidade. O cronograma inclui a instalação de mais 41 equipamentos, assim que sair nova licitação.
No caso da Jacob Luchesi, o semáforo já deve estar em sinal de alerta até a próxima sexta-feira. Mas, para entrar em operação, faltam ajustes na faixa de segurança, já que a antiga será removida e uma nova pintura ficará junto ao semáforo.
Com isso, o trecho de dois quilômetros da Jacob, entre as proximidades da Casa de Pedra até a Igreja Santa Lúcia, terá agora dois equipamentos. O primeiro local que recebeu um semáforo para pedestre foi a esquina com a Rua Dra. Vera Lúcia Jacobi, após um abaixo-assinado da Associação de Moradores do bairro Santa Catarina.
Já o novo ponto faz parte de reivindicações dos moradores do bairro Santa Lucia, que há um ano cobravam a instalação. Ainda conforme Garcia, mais um ponto da Jacob Luchesi deve receber outro semáforo.
– Assim que tivermos os porta-focos poderemos atender a outra demanda da comunidade do Santa Lucia Cohab. Já temos em mãos o projeto que prevê a sinaleira no cruzamento na frente da Igreja Santa Lúcia – revela.
Semáforos foram solicitados após atropelamentos
A morte de Deonides Santina Chenet Ravanello, 69 anos, atropelada na Jacob Luchesi em julho do ano passado, foi o estopim para as reivindicações da comunidade do bairro Santa Lúcia. Conforme os moradores, a frequência de acidentes exigia uma mobilização em busca de mais segurança no trecho. Em abril deste ano, um funcionário do supermercado Savi também foi atropelado ao atravessar a via para entregar mercadorias.
– Era uma luta antiga do nosso bairro e ficamos muito felizes que finalmente saiu do papel. A Jacob é uma rua de forte movimento e precisa deste tipo de intervenção. Esse semáforo representa a nossa vitória – afirma Manoela de Brito Scopel, 37 anos, presidente da associação de moradores do Santa Lucia.
A exemplo do primeiro semáforo instalado na rua, o novo equipamento deve auxiliar significativamente na redução dos acidentes. Para a presidente do bairro Santa Catarina, Beatriz Perin, o principal problema da Jacob é o excesso de velocidade dos veículos. A via é a principal rota que corta os bairros Santa Lucia e Santa Catarina.
– Quando não tinha a sinaleira (na esquina da Rua Dra. Vera Lúcia Jacobi) parecia uma pista de corrida. Por isso, cobramos pela instalação dos semáforos – conta.
Localização de faixa gera dúvidas
Uma faixa de segurança instalada há poucos meses na Rua Os 18 do Forte, entre ruas Humberto de Campos e Treze de Maio, no bairro Lourdes, chamou a atenção dos moradores. A faixa foi pintada em frente a uma casa noturna e distante de uma escola infantil e da Fundação de Assistência Social (FAS), que, em tese, precisariam mais da sinalização.
– Cada faixa de pedestre demanda a retirada de duas vagas de estacionamento de cada lado. Como a rua já havia perdido espaço depois da implantação do corredor de ônibus, as instituições (FAS e escolinha) optaram por não perder mais vagas. Por isso, pintamos a faixa mais distante – explica Rogério Garcia, da SMTTM.