Vítima de uma tentativa de homicídio na noite de quarta-feira, o soldado Cristian Luiz Preto, 32 anos, da Brigada Militar (BM), passa por nova avaliação clínica no Hospital Pompéia. Ele deu entrada no setor de emergências por volta das 10h reclamando de forte dor de cabeça e tonturas. O tumulto foi gravado por testemunhas, divulgado pela página do Mídia Ninja (neste link) e repercute intensamente nas redes sociais.
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O soldado Preto trabalhava na manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff. Houve confronto entre policiais militares com o advogado Mauro Rogério Silva dos Santos, 51. O sargento Paulo Roberto da Silva Wentz, 45, foi agredido com uma cabeçada. A luta corporal levou os dois ao chão. Quando o soldado Preto foi auxiliar na contenção do abordado, foi atingido por um violento chute na cabeça por Vinicius Zabot dos Santos, 21, que é filho de Mauro.
O advogado afirma que houve abuso de poder e que os policiais "não estavam em si". Mauro ainda relata que foi torturado após o vídeo. Responsável pela atuação policial naquela noite, o capitão Amilton Turra afirma que a ação policial foi "técnica e proporcional à agressão que os presos ofereciam". Ainda assim, como é de praxe em qualquer ocorrência deste vulto, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para apurar se houve excessos na conduta policial.
Agressor responde em liberdade
Indiciado por tentativa de homicídio e recolhido ao sistema penitenciário, Vinicius foi solto ainda na tarde de quinta-feira. A decisão da juíza Milene Rodrigues Fróes Dal Bó, da 1ª Vara Criminal, leva em consideração que o flagrado não possui antecedentes. A magistrada verifica que há versões contraditórias a respeito dos fatos, mas que não há dúvidas sobre a agressão e, por isso, a prisão foi homologada.
