Uma fiscalização realizada por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, identificou diversas irregularidades no sistema de abastecimento das aeronaves, que oferecem riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores e dos usuários do local.
Foi constatado que trabalhadores que executam as atividades de operação das instalações do posto de abastecimento e dos caminhões tanque não foram submetidos a toda a capacitação necessária e obrigatória. Também foi identificado que parte dos equipamentos utilizados apresentava irregularidades, como vazamento de querosene em uma das tubulações e equipamentos elétricos sem certificação.
A empresa responsável pelo sistema de abastecimento – Competro Comércio e Distribuição de Derivados de Petróleo – foi notificada para efetuar a regularização das instalações e da documentação técnica. De acordo com o Termo de Notificação divulgado pelo MTE, são seis exigências que a empresa terá de cumprir com prazo de 20 dias, referentes aos problemas citados acima.
Se as irregularidades persistirem até uma próxima inspeção, o aeroporto pode ter o sistema de abastecimento interditado, o que inviabiliza a operação. Para o superintendente do Hugo Cantergiani, Marcos Arguelles, que acompanhou a inspeção e questiona alguns pontos, como o fato dos funcionários não terem os cursos necessários e o vazamento encontrado, não se trata de uma situação alarmante.
– A empresa trabalha conosco há mais de sete anos, sempre passando por inspeções regulares da Anac. Não vi qualquer vazamento ocorrer durante a inspeção e os funcionários têm os cursos. Mas foi dado um prazo para reparar as irregularidades e acreditamos que ela irá cumprir. Não vejo qualquer possiblidade de interdição do aeroporto – afirma Arguelles.
De acordo com o MTE, a Prefeitura Municipal de Caxias do Sul, o Departamento Aeroportuário do Estado, e a Agência Nacional de Aviação Civil foram comunicadas das irregularidades e da possibilidade de futura interdição.