A dois dias do fim da campanha de vacinação contra a gripe e com 10 mortes de pessoas contaminadas pelo vírus H1N1 na Serra, cerca de 10 mil crianças ainda não foram imunizadas em Caxias do Sul. Contudo, a cidade já superou a meta total de 80%, de acordo com a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde. As crianças que ainda não estão imunes pertencem ao grupo de risco de seis meses a cinco anos incompletos.
– Tivemos baixa adesão neste grupo, mas a campanha em toda a região da Serra está com a meta superada. Apesar disso, é importante que os pais levem as crianças até a UBS mais próxima. O vírus H1N1 se propaga mais rápido em períodos de frio intenso, por isso não podemos deixar essas crianças sem vacina – explica Ana Maria Rocha, coordenadora da vigilância epidemiológica da CRS.
Ainda segundo a coordenadora, não se sabe quantas vacinas irão sobrar para a aplicação em pessoas fora do grupo prioritário.
– Temos em estoque, mas é cedo para afirmar que vão sobrar doses. Os frascos têm validade de sete dias após abertos, então fica difícil contabilizar agora – diz.
Dos municípios da Serra, apenas Farroupilha ainda não atingiu a meta de 80%. Mas, mesmo com os resultados favoráveis da campanha, o número de mortes pela gripe A preocupa a Secretaria da Saúde, já que no ano passado nenhum caso foi registrado.
Nesta quarta-feira, a Secretaria de Saúde do Estado confirmou a primeira morte por gripe A em Canela. A vítima era um homem de 59 anos que estava hospitalizado na cidade e morreu no dia 9 de maio. O quadro de gripe do paciente evoluiu para uma broncopneumonia. Ele integrava o grupo de risco por ser doente crônico. Além disso, era fumante e ainda não tinha tomado a vacina.
Só em Caxias, duas pessoas morreram após contraírem o vírus H1N1. Também há registro em Farroupilha, Flores da Cunha, Gramado, Nova Petrópolis e Vacaria. A Região Metropolitana concentra o maior número de casos confirmados de gripe A no Estado, seguido da Serra e da Região Norte. O município com o maior número de casos confirmados é Porto Alegre.
SERVIÇO
Quem faz parte dos grupos de risco?
- pessoas com mais de 60 anos
- crianças de seis meses e a cinco anos incompletos
- gestantes
- mulheres até 45 dias do pós parto
- trabalhadores de saúde
- indígenas
- portadores de doenças crônicas não transmissíveis
O que levar?
A pessoa deve levar documento que comprove que pertence a um grupo de risco. Mulheres no início da gravidez ou que tiveram bebê recentemente, por exemplo, podem levar algum exame. Portadores de doenças crônicas devem apresentar prescrição médica ou outro comprovante, como receita de remédio de uso contínuo. Idosos e crianças devem portar documento. Não é obrigatório levar cartão do SUS.
Onde ir?
O ideal é ir até a UBS mais perto de sua casa, porque as doses foram distribuídas de acordo com a população de cada região.