Às 16h30min desta quarta-feira (20), Virgínia Gazola, 29 anos, será sepultada no Cemitério de Galópolis, em Caxias do Sul. O velório será na Capela Mortuária Nossa Senhora do Rosário de Pompéia de Galópolis, ainda sem horário definido.
Virgínia morreu na manhã do último domingo (17), em um hospital do Rio de Janeiro. Ela estava hospitalizada desde o dia 9, após parte da estrutura de um casarão onde estava despencar. Ela sofreu uma queda de seis metros de altura.
Virgínia e um amigo estavam em um evento no Armazém do Campo, ponto turístico da Lapa, no centro do Rio, quando ocorreu o acidente. O amigo relatou que estava com Virgínia apoiado em uma grade em uma varanda no segundo andar do prédio quando a estrutura cedeu. Eles se desequilibraram, mas o amigo conseguiu se segurar. No momento do acidente, o evento já estava terminando e havia poucas pessoas no local, segundo ele.
Após o acidente, Virgínia foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em estado crítico, para o Hospital Municipal Souza Aguiar. Devido à situação grave, foi transferida para um hospital privado, onde ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neurológica.
Quem era Virgínia
Virgínia Gazola formou-se em Engenharia Geológica pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) em 2019. Durante a graduação, destacou-se no programa Ciência sem Fronteiras, realizando intercâmbio na University of Alaska Fairbanks.
Iniciou sua carreira como perita criminal da Polícia Civil de Minas Gerais, atuando na delegacia regional de Guanhães entre 2022 e 2024. Em abril de 2024, Virgínia conquistou o cargo de Geóloga na Petrobras, no Rio de Janeiro, onde estava em treinamento para exercer a profissão.
Virgínia deixa os pais, Angela e Ricardo, e o irmão, Pedro Emílio.
Estabelecimento irregular
O Armazém do Campo foi interditado pelos bombeiros por 90 dias, segundo apuração do G1. Durante a avaliação, os bombeiros indicaram que o imóvel estava irregular e não tinha autorização para promover eventos, mas, sim, para atuar como comércio. O espaço foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do RJ neste ano. O caso de Virgínia foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia.