A reabertura dos aeroportos de Canela e Torres aguarda pela autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas a previsão está mantida para que as atividades sejam retomadas nesta quinta-feira (19). A Anac interrompeu as operações nos terminais na última sexta-feira (13) em razão de obras iniciadas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que não foram comunicadas para a agência ou para a Secretaria de Logística e Transportes (Selt) e colocaram em risco a segurança aérea. A Infraero vai assumir a gestão dos aeroportos no lugar do Departamento Aeroportuário do Estado (DAP).
Segundo a Selt, nesta quarta-feira (18) a Infraero fez a retirada dos materiais de obras do aeroporto de Torres e, até quinta-feira, deve retirar os que estão no terminal de Canela. Com as retiradas concluídas, um ofício deve ser entregue para que a Anac homologue a liberação das duas estruturas.
Nos trâmites gestacionais, também nesta quarta-feira, o DAP entregou documentos técnicos sobre os dois aeroportos para a Infraero. Os documentos devem ser analisados e uma reunião será marcada para definir o prazo para a Infraero assumir definitivamente a gestão dos terminais.
Troca de gestão
No dia 4 de setembro, uma publicação feita no Diário Oficial da União (DOU) apontava que a Infraero assumiria a gestão dos terminais em até 15 dias. Em razão do compromisso assumido e publicado, houve a desmobilização de equipes responsáveis pelos dois aeroportos. Ou seja, gestores, operadores, responsáveis pela segurança, manutenção e resposta à emergência, que eram ligados ao DAP, deixaram de atuar nos aeroportos de Canela e Torres.
Neste período, a Infraero não designou novos profissionais para responder pelos terminais e começou a levar os materiais para obras para os dois aeroportos, por este motivo as operações foram interrompidas pela Anac.
Diante da situação, durante uma reunião na terça-feira (17), a Infraero se comprometeu em otimizar as ações para assumir as operações dos dois aeroportos no menor espaço de tempo.
A medida de transição gestacional foi adotada para que ambos os complexos recebam investimentos com o objetivo de viabilizar voos comerciais no curto prazo. Seria uma forma de oferecer mais opções de ligações aéreas no Rio Grande do Sul durante o fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre.