
O chamamento público para a definição do imóvel que irá receber o Centro de Capacitação e Comércio de Caxias do Sul não teve propostas. O processo ficou disponível por 26 dias - entre 6 de junho e as 16h desta segunda-feira (1) - para que a iniciativa privada apresentasse sugestões de prédios capazes de abrigar o empreendimento. O espaço abrigará os vendedores ambulantes e também salas de capacitação profissional.
O modelo de funcionamento do empreendimento foi anunciado oficialmente no início de junho. Inicialmente, a ideia era ter um complexo implantado e administrado pela iniciativa privada, voltado apenas ao comércio. O processo de busca por um parceiro privado, contudo, não apresentou os resultados esperados e o município decidiu investir de forma direta no empreendimento. Com a nova proposta, a opção também foi realizar o chamamento público para selecionar o endereço.
De acordo com o coordenador do grupo de trabalho responsável pelo projeto, Rodrigo Lazzarotto, ao longo do prazo para apresentação de propostas houve contato de interessados. No entanto, as conversas tinham o objetivo inicial de buscar esclarecimentos sobre o projeto. As dúvidas eram principalmente com relação a aspectos técnicos do edital.
Uma reunião foi realizada na manhã desta terça-feira (2) para debater os próximos passos do projeto. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Jorge Catusso, empresários que buscaram esclarecimentos sobre o projeto, mas que não se apresentaram, já receberam propostas da prefeitura para serem locadores do novo empreendimento.
— Já estamos em tratativas dentro da ordem legal da prefeitura, obedecendo todos os critérios já colocados no chamamento público. Temos que ajustar, fazer uma nova composição para gerar o interesse, mas em hipótese alguma vamos ultrapassar os gastos já previstos e divulgados.
Ainda segundo Catusso o assunto é tratado com prioridade, porque “comércio e prefeitura têm urgência”:
— Agora estamos liberados para ir em direção a esses que, de alguma maneira, entraram em contato para buscar informações. Se contataram é porque gerou o interesse, mas por algum motivo não compareceram. Como o edital público estava na rua, não podíamos ir em direção a eles — explica.
O projeto prevê o aluguel de um imóvel entre 1.010 e 1.250 metros quadrados no quadrilátero formado pelas ruas Coronel Flores, Bento Gonçalves, Alfredo Chaves e Os Dezoito do Forte. Além de disponibilizar o espaço, o proprietário também ficaria responsável pela adaptação do imóvel. Cada banca para venda terá seis metros quadrados. O objetivo é atender 2,4 mil pessoas no espaço de capacitação em quatro anos.
O aluguel será pago pela prefeitura e o máximo estipulado é de R$ 45 mil mensais. O objetivo do município é que, ao final dos quatro anos iniciais de contrato, dois terços do valor sejam arcados pelos próprios vendedores, que serão microempreendedores individuais (MEIs). Caso isso se confirme, o poder público ficará responsável pelo aluguel apenas das salas de capacitação.