Uma equipe da prefeitura de Caxias do Sul planeja vistoriar, na tarde desta quinta-feira (9), vias alternativas à Rota do Sol na região de Vila Seca e Fazenda Souza. Entre os integrantes do grupo devem estar o prefeito Adiló Didomenico e o secretário de Obras e Serviços Públicos, Norberto Soletti. A busca de desvios próximos à rodovia se deve ao risco elevado de novos deslizamentos na região de Vila Seca, onde no último dia 1º uma queda de barreira resultou no rompimento da adutora do sistema Marrecas.
De acordo com Soletti, o plano é que o fluxo possa ser desviado pela Estrada Municipal Patrício Pasquali, que liga as áreas urbanas de Fazenda Souza e Vila Seca. A via, no entanto, passa por obras de pavimentação nos últimos anos e as equipes da Secretaria de Obras ainda não conseguiram fazer uma verificação detalhada das condições de tráfego após a chuva da última semana.
Os operários da obra trabalhavam recentemente na implantação de bueiros e de tubulações de drenagem, que precisam ser analisadas. Além disso, foram achados danos em uma ponte da via e é preciso verificar se há segurança para o tráfego de veículos.
As equipes também pretendem vistoriar a possibilidade de desvio pela Rua Lino Rech, que pode ser acessada ao lado da subprefeitura de Fazenda Souza e permite sair na Rota do Sol nas proximidades da barragem do Faxinal.
— Ainda não está definido qual seria o desvio. Com a vistoria, caso tenha o deslizamento na Rota do Sol, temos condições de dizer: "essa é a alternativa número 1, essa a alternativa número 2" — explica Soletti.
Caso o principal desvio ocorra pela Estrada Patrício Pasquali, a distância entre o centro de Caxias e a localidade do Apanhador na Rota do Sol será de 41,8 quilômetros, percorridos, em média, em uma hora. Já pelo caminho tradicional, via Rota do Sol, são 36,8 quilômetros percorridos em 40 minutos, em média.
O risco de novos deslizamentos na Rota do Sol foi revelado nesta quarta-feira (8) pelo prefeito Adiló Didomenico após reunião do gabinete de crise. Uma nova avaliação realizada na manhã desta quinta seguia apontando risco elevado de deslizamento. A análise preliminar de uma empresa de engenharia também apontou a necessidade de monitoramento constante da encosta e ações posteriores para estabilizar o terreno.
Durante o conserto da adutora, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) chegou a fazer uma espécie de contenção. No entanto, a estrutura serve apenas para acomodar a tubulação, e não tem condições de segurar a encosta em caso de deslizamento.