A volta às aulas na Escola Estadual de Ensino Fundamental Orestes Leite, em São Francisco de Paula, foi marcada pela tristeza após a morte do mascote da instituição. Orestes, o gato que foi adotado pela equipe diretiva e convivia há mais de um ano com os alunos, nasceu com Felv, que é o vírus da leucemia felina. Nos últimos dias, o felino foi internado, mas não respondeu ao tratamento. Para evitar o sofrimento, os tutores optaram pela eutanásia, que ocorreu na terça-feira (20).
Nesta quarta (21), alunos foram até o espaço onde Orestes costumava dormir no corredor do colégio. Lá, há um sofá e caixas que serviam de cama para o felino. Chamado carinhosamente de "gato pedagógico, ele fazia a alegria dos alunos e os inspirava a ter cuidado e respeito com os animais.
— Só posso agradecer toda a alegria e amor que ele nos trouxe. Ele fez toda a diferença nas nossas vidas e dos nossos alunos. Era um gatinho muito especial. As crianças estão abatidas e sentindo falta, estamos conversando para tornar este momento o mais leve possível, sabendo principalmente que ele parou de sofrer — emocionou-se a diretora, Mariane Santos Soares.
Orestes também foi inserido nos projetos didáticos e multidisciplinares da escola, não só pelos professores, mas também pelos alunos, que amavam o mascote. O felino chegou ao portão da escola com cerca de três meses, miando, com fome e cheio de pulgas. Ele foi acolhido e adotado pela equipe diretiva do colégio em 17 de fevereiro de 2023, data em que se comemora o Dia Mundial do Gato.
Apesar do movimento e do barulho dos corredores, Orestes era sereno e tinha a própria rotina. Passeava pelos corredores e miava para entrar nas salas de aula, onde escolhia em que colo sentar. Obediente, ele não frequentava a cozinha e o refeitório do colégio e era visto com frequência no telhado, onde aproveitava para dormir e pegar sol.