O comando do 12º Batalhão de Polícia Militar de Caxias do Sul confirmou a morte de Potiguara Galvam Ribas, 39 anos. O soldado estava na empresa de fogos de artifício do bairro São Luiz da 6ª Légua quando uma explosão deu início ao incêndio que atingiu o local, por volta de 13h deste sábado (30).
Segundo a Brigada Militar, quatro pessoas realizavam uma confraternização no momento do acidente. O proprietário da loja, Diógenes Nunes, foi encaminhado ao hospital com um ferimento na perna. Uma terceira pessoa também ficou ferida no braço e foi atendida no local pelo Samu.
Galvam era presidente estadual da Associação da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Em nota, a Brigada Militar lamentou a morte do soldado.
"Os oficiais, praças e servidores civis da Brigada Militar se solidarizam com familiares e amigos do Soldado Galvam nesse momento de dor", afirma o comunicado.
A Brigada Militar isolou a área e o fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros, que permanece no local. Um veículo foi totalmente danificado e um cavalo que estava em uma residência próxima também ficou ferido. As casas do entorno não foram atingidas.
Morador das proximidades, Altemir Zanardi filmou o incêndio e disse que o barulho da explosão parecia ter sido de um avião caindo.
— Foi muito forte, deu para sentir a terra tremer, e depois o incêndio começou — contou.
Moradora dos fundos da empresa, a cozinheira Lovete Veiverbreg, 45 anos, estava na área de serviço de casa quando ouviu a explosão e conta que, no mesmo instante, foi atingida pela onda de calor:
— No que eu abri a porta, vi o telhado voando. Me ardeu os braços, até os cabelos acho que queimou. Depois foram mais algumas explosões de foguete.
Empresa não fabricava fogos no local
Em meio ao trabalho de rescaldo do incêndio, clientes chegavam para comprar fogos de artifício e encontravam o local isolado pela Brigada Militar. O comandante da 1º Cia do Corpo de Bombeiros de Caxias do Sul, capitão Manfio, confirmou que havia grande quantidade de estoque e que a maioria foi destruída pelo fogo. O comandante ainda esclareceu que a empresa não fabricava os fogos de artifício no local.
— Logo que teve início o fogo já se espalhou para toda edificação. A gente não tem como precisar, e os relatos dos populares também não conseguem definir qual foi o foco do princípio do incêndio. No momento que a guarnição começou a atuar no local a estrutura já colapsou — detalhou Manfio.
Ao lado do comércio, um contêiner com mais estoque conseguiu ser protegido pelos bombeiros. No entanto, a edificação que funcionava o comércio e um prédio que estocava os produtos nos fundos foram destruídos. Um veículo estacionado em frente também foi incendiado.