Furtos de cabos estão prejudicando a instalação de relógios digitais em Caxias do Sul. Para evitar novos crimes, a Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social, a Guarda Municipal (GM) e a empresa Brasil Outdoor Ltda - responsável pelos equipamentos - se reuniram nesta quinta-feira (26) e definiram um acompanhamento para agilizar a implantação da fiação. Como explica o secretário municipal Paulo Roberto Rosa da Silva, o objetivo é instalar uma proteção para os fios o mais rápido possível, o que só pode ocorrer após vistoria da Rio Grande Energia (RGE). Assim, o município, a empresa e a concessionária adotarão uma forma de acelerar esse processo.
Entre a vistoria e o fechamento da fiação, os fios de cobre ficam vulneráveis, momento em que surge a oportunidade para o crime.
— Ajustamos com eles e vai ser ajustado com a RGE para que não aconteça mais. Vamos ver se conseguimos reduzir esse prazo — explica o secretário, sem informar qual seria esse prazo.
Ao mesmo tempo, Silva garante que a GM também continuará realizando fiscalizações. Servidores da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Smosp) participaram da reunião e seguem acompanhando as instalações.
Caxias tem a previsão de instalação de mais 39 equipamentos - o primeiro está funcionando na esquina da Rua Doutor Montaury com a Rua Sinimbu. A situação, inclusive, não é exclusiva do município — o mesmo foi registrado em outras cidades que passaram pelo processo de implementação dos equipamentos, como Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro.
Autores serão responsabilizados
O secretário municipal de Segurança analisa que muitos dos furtos deste tipo são cometidos por dependentes químicos que usam os fios como forma de pagamento para entorpecentes. Além de combater esta situação, Silva lembra que a pasta continua focada em responsabilizar também os autores de vandalismos contra os contêineres de lixo. Para isso, conta com setor de inteligência e cooperação com a Polícia Civil.
— Continuamos focados nisso, em identificar quem são esses autores, através de câmeras tanto do CIOp (Centro Integrado de Operações) quanto por câmeras particulares. O objetivo é de identificar essas pessoas para serem responsabilizadas por dano de patrimônio público — conclui o secretário.
A Brasil Outdoor Ltda não se pronunciou sobre a situação até a publicação desta reportagem.