A carteira de vacinação é atualizada com mais frequência quando somos crianças. Na fase adulta, geralmente, a caderneta se perde ou é esquecida em um canto de casa. A lembrança de ter recebido uma vacina geralmente vem quando precisamos fazer uma viagem, quando ocorre um acidente — no caso do tétano —, ou ainda numa pandemia, como a de covid-19.
Pessoas com idade superior aos 18 anos, segundo a diretora técnica da Vigilância Epidemiológica, Magda Breatris Teles, têm quatro tipos de vacina recomendadas pelo calendário do Ministério da Saúde. São elas: hepatite B, tríplice bacteriana, febre amarela e tríplice viral, além de acompanhar as campanhas contra a covid-19 e a Influenza (gripe). Aos idosos e gestantes há uma vacina a mais recomendada e todas elas são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Magda esclarece que a população adulta deve tomar essas vacinas quando não conseguir comprovar que recebeu na infância ou se realmente não foi imunizada. Até 2014, não havia uma sistematização das vacinas. A regulação era feita de forma manual, no local da vacinação ou na carteirinha da pessoa imunizada. A partir daquele ano, o Ministério de Saúde fez com que todas as vacinas fossem cadastradas. Portanto, a orientação, segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Caxias, é que "cada pessoa deve guardar sua caderneta de vacinas, pois ela é um documento" e "se a pessoa não sabe se foi vacinada, deve procurar a UBS e buscar informações do cadastro, apresentando documentos pessoais".
Disponíveis gratuitamente
Confira abaixo os imunizantes que estão disponíveis gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS):
Quinta indicação a idosos e restrição a gestantes
Além das quatro vacinas acima (hepatite B, tríplice bacteriana, febre amarela e tríplice viral), a população com idade acima de 60 anos em condições clínicas especiais (acamados ou moradores de lar de idosos), deve tomar a pneumocócica 23-valente. A dose única imuniza contra meningite, sepse pneumonias, sinusite, otite e bronquite.
Não se recomendam as doses contra a febre amarela para mulheres em fase gestacional. Entretanto, há uma vacina específica para a mulher adulta neste período. Após a 20ª semana gestacional, a mulher deve procurar pela vacina DTPA (Tríplice Bacteriana Acelular do Tipo Adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche na mãe e, consequentemente, imuniza o bebê.
Vacinação em Caxias
A diretora técnica da Vigilância Epidemiológica, Magda Breatris Teles, explica que, em Caxias, todas as vacinas citadas acima são aplicadas nas unidades básicas de saúde (UBSs) de referência, por serem disponibilizadas pelo SUS.
— Os frascos da tríplice viral e da febre amarela, devido à validade após a abertura, são abertos apenas nas quartas-feiras. As demais são aplicadas todos os dias, das 8h às 16h, e nas UBSs de horário estendido, até as 19h.
Para se vacinar, o interessado deve levar a carteirinha e um documento pessoal. No caso das gestantes, ao buscar pela DTPA, deve ser levado também o cartão de gestante. Magda destaca que a procura da população varia:
— Observamos até uma boa procura nas vacinas contra a hepatite e o tétano. As coberturas de febre amarela e tríplice viral são medianas. Entretanto, a cobertura da DTPA em gestantes é baixa.
Ofertas na rede privada
O SUS segue o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a rede privada segue a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) que, por sua vez, também segue o PNI. As doses oferecidas na rede particular, segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da Unimed, são um complemento ao calendário, mas não significa que elas sejam obrigatórias aos adultos e aos idosos.
Atualmente, segundo a Unimed, no setor privado estão disponíveis as seguintes vacinas com as faixas etárias recomendadas:
As pessoas que não conseguirem comprovar a imunização na infância, assim como no SUS, podem procurar a rede privada para a vacinação na fase adulta de qualquer uma das vacinas do quadro acima. Segundo a assessoria da Unimed, cada caso será avaliado individualmente para a aplicação das doses necessárias. No caso da Unimed, o paciente pode buscar informações pela Central de Vacinas.
Ainda segundo a nota, "as vacinas são recomendadas por faixa etária conforme o calendário vacinal, para garantir proteção pela vida inteira" Ou seja, se a pessoa só fizer a vacina na vida adulta, ela terá ficado desprotegida durante infância e adolescência, mas não há perda de eficácia pela aplicação em qualquer outro momento da vida.
Os valores de cada imunizante variam e devem ser consultados na própria rede privada.