A entrega do plano de mobilidade de Caxias do Sul, inicialmente prevista para ocorrer entre junho e julho, foi prorrogada. A medida foi adotada pelo município para a finalização da documentação que reúne diversos estudos realizados ao longo dos últimos 12 meses. A nova data de entrega ainda não foi definida.
— Pedimos aditamento de prazo por conta da extensão dos trabalhos — afirma o secretário de Trânsito, Alfonso Willembring.
De acordo com Willembring, as pesquisas domiciliares e levantamentos de dados nas ruas já terminaram. No entanto, ainda há ações pendentes, como a elaboração do projeto de lei que precisará ser analisado pela Câmara de Vereadores. A entrega da proposta marca a conclusão do trabalho de estudos e modelagem de ações a serem adotadas no futuro para garantir as melhores soluções de mobilidade para a cidade. A lei terá função semelhante à do Plano Diretor do município, mas voltado a todos os modais de deslocamento da população.
— Talvez ainda tenha alguma equipe fazendo contagem de veículos, mas nada que possa alterar o resultado — explica o secretário.
Após a entrega do projeto de lei, no entanto, ainda existem ações a serem cumpridas pela empresa Urbtec Planejamento, Engenharia e Consultoria, contratada para a elaboração do plano. Entre elas estão treinamentos de técnicos do município para que tenham autonomia de levar o plano adiante, que não são considerados no prazo inicial.
— É a entrega do produto tecnicamente falando, com conhecimento técnico do que estão apresentando — observa Willembring.
A reportagem tentou contato com a Urbtec para obter informações das etapas em andamento, mas a empresa não se manifestou.
O Plano Municipal de Mobilidade envolve o diagnóstico da forma e da atual situação dos meios de locomoção dos caxienses, desde as calçadas, para os deslocamentos a pé, até a utilização de modais alternativos, passando pelo transporte público e privado. Com os dados em mãos, técnicos irão propor soluções para garantir uma melhor eficiência e sustentabilidade dos sistemas de transporte e dos deslocamentos da população. As soluções podem envolver criação de ciclovias, para valorizar a bicicleta, por exemplo, até a abertura de novas vias para garantir fluidez.
A exigência do Plano de Mobilidade está prevista em uma lei federal de 2012 para cidades acima de 20 mil habitantes. O município que descumprir a determinação fica impedido de acessar recursos federais para investimentos em infraestrutura viária até que a situação seja regularizada.