Para o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico (PSDB), as imagens gravadas por uma câmera de segurança que registraram um homem retirando lixo de um dos contêineres da cidade e espalhando os resíduos pelo chão apenas comprovam algo que, segundo ele, há tempos vem ocorrendo. Em entrevista concedida ao Gaúcha Hoje, na rádio Gaúcha Serra, na manhã desta quarta-feira (28), o chefe do Poder Executivo disse que os casos de vandalismo na cidade envolvem uma articulação premeditada contra a Codeca. Ele afirmou, ainda, que câmeras de monitoramento adquiridas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) estão sendo instaladas em pontos estratégicos da cidade para flagrar possíveis ações de vandalismo e descarte irregular de resíduos.
— Por enquanto, a gente tinha denúncias, boatos, telefonemas, mas nunca tinha conseguido imagens como aconteceu agora, dia 18, e que a polícia está trabalhando para identificar o proprietário do veículo (que aparece nas imagens) — afirmou o prefeito.
Ele também destacou que pessoas abordadas admitiram ter recebido pagamento para cometer delitos contra o patrimônio público.
— A Guarda Municipal e a Polícia Civil vêm desde o início do ano trabalhando forte em cima disso, foram abordados já alguns elementos, então isso nos chama a atenção. Aconteceu em outras épocas, depois deram uma trégua, voltaram e, neste ano, voltaram com tudo. Na medida em que a Codeca começou a tentar se recuperar, porque vinha em uma situação muito difícil, se intensificaram ações contra a Codeca e contra a cidade para criar essa onda de "a cidade está suja". Pelo amor de Deus, com todo esforço que se faz — completou Didomenico.
O prefeito destacou que casos de pessoas que buscam recicláveis estão sendo tratados diretamente com os catadores, com orientações da Codeca, e que existe a suspeita de que reciclagens de outros municípios estejam descartando rejeitos nos contêineres da cidade.
Em entrevista, o chefe do Poder Executivo citou que seis câmeras seriam instaladas. De acordo com a Semma, são sete: quatro câmeras já estão em funcionamento e outras três serão instaladas ao longo desta semana.
Pessoas que forem flagradas estarão sujeitas a multa ambiental, com valores que podem variar de 50 a 1 milhão de VRMs (Valor de Referência Municipal = R$ 42,62). Na conversão, isso representa multa da faixa de R$ 2 mil até R$ 42 milhões, a depender do tipo e da gravidade do delito.
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