O serviço prestado por Escolas de Educação Infantil de Caxias do Sul que possuem gestão compartilhada entre três instituições privadas e a prefeitura é impactado por paralisação de trabalhadores que ocorre nesta segunda-feira (12). A paralisação não atinge os alunos de Educação Infantil que são atendidos nas escolas municipais, onde o trabalho é realizado por servidores públicos.
No início da manhã, a escola Perci dos Santos, que atende a crianças no bairro Cruzeiro, exibia uma faixa indicando estado de greve. Ela estava afixada no portão que, até pouco depois das 7h, permanecia fechado. A escola Vovó Antônia, que funciona anexa à Escola Municipal de Ensino Fundamental Catulo da Paixão Cearense, também está em greve nesta segunda. Segundo funcionários que recebiam estudantes do EF nesta manhã, a faixa da escolinha foi afixada ainda antes do feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (8).
Ainda no sábado (10), a prefeitura divulgou que as 48 escolinhas de Caxias do Sul, que atendem a cerca de seis mil crianças de zero a cinco anos, teriam funcionamento alterado nesta segunda-feira.
A iniciativa da paralisação é do sindicato da categoria, o Senalba, com adesão de educadores e funcionários. Uma movimentação ocorre desde cedo em frente à Secretaria Municipal de Educação, na Rua Borges de Medeiros. O sindicato diz que a greve é por tempo indeterminado e que a continuidade ou não será definida em assembleia nesta segunda, às 16h.
O que motiva a greve, segundo a categoria, é a reposição salarial demorada e a falta de profissionais, além de problemas na infraestrutura e condições de trabalho consideradas inadequadas pelos trabalhadores, como cozinhas com temperatura ambiente elevadas e falta de segurança. Segundo o sindicato, profissionais estariam sendo obrigados a ficar após o horário para reuniões e haveria uso de veículo particular dos funcionários para levar equipamentos das escolas para conserto, por exemplo.
No dia 19, às 10h, na 4ª Vara Regional do Trabalho, em Caxias, está agendada nova audiência visando à conciliação com a entidade representativa. Segundo a prefeitura, as organizações de gestão compartilhada e o governo seguem trabalhando no atendimento a todas as demandas que extrapolem o acordo coletivo 2022-2024. Uma das definições já adotadas é que reuniões pedagógicas passem a ocorrer também por videoconferência de forma híbrida em junho. A partir de julho, serão presenciais e híbridas.