A Serra gaúcha soma seis casos confirmados de chikungunya desde o início de 2023. Os dados estão disponibilizados no Painel de Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o qual é atualizado diariamente. Do total, cinco são em Bento Gonçalves, sendo três autóctone —quando a transmissão é no próprio município — e um em Garibaldi.
Até esta terça-feira (9), Bento era o município gaúcho com mais casos confirmados. Nenhum dos contaminados precisou de internação. Em abril, uma mulher de 62 anos procurou a UPA do município com febre, mialgia, cefaleia, dor orbital (atrás dos olhos) e artralgia intensa (nas articulações). Ela fez o exame, que confirmou o diagnóstico. A paciente foi a primeira moradora da Serra que contraiu a doença na região. A SMS não detalhou os dois novos casos até as 19h10min desta quarta (10).
Já em Garibaldi, em abril, uma mulher, vinda da Itália para visitar familiares, teria apresentado os sintomas. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não soube informar a idade e mais detalhes do caso. Em todo o Rio Grande do Sul, são 17 casos confirmados, sendo cinco autóctones. Não há nenhuma morte em função da doença.
Segundo a prefeitura de Bento, uma força-tarefa vem sendo feita para conscientizar a população, como visitas da SMS nas residências, mutirões de coleta de lixo nos bairros em parceria com o Meio Ambiente, desinsetização nas áreas onde existem casos de arboviroses e trabalhos em escolas e empresas para conscientização.
Apesar de não ter caso suspeito nem confirmado, Caxias do Sul monitora a situação. Conforme a infectologista do controle de infecção municipal, Anelise Kirsch, os principais sintomas, que podem iniciar de dois a 12 dias após a picada do mosquito Aedes aegypti infectado, são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações das mãos e dos pés, podendo pegar também dedos e pulsos.
— Pode dar ainda bastante dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele, tudo isso acompanhado de febre. Esta dura entre três e cinco dias — complementa Anelise.
A infectologista ainda comenta que, uma vez que a pessoa é infectada, ela fica imune para o resto da vida. Quanto à prevenção, Anelise frisa que é a mesma feita para a dengue: evitar acúmulo de água parada, fechar caixas da água, secar poças.
— Quem está com a doença tem que passar repelente para não contaminar os mosquitos do entorno para evitar um surto local.