Quem fez o exame prático para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nesta segunda-feira (10), em Caxias do Sul, já não fez mais a prova com examinador do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS). Agora, a responsabilidade da avaliação é exclusiva de policiais militares aptos para o trabalho. A aplicação das chamadas provas práticas é feita conforme a demanda dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e gerenciada pela Brigada Militar (BM).
Na Serra, a mudança vale apenas para Caxias, mas outras cidades do Estado, como Palmeira das Missões e Erechim, e um CFC de Canoas também tiveram a responsabilidade trocada. Os brigadianos aplicam os exames nos horários de folga e recebem remuneração igualitária ao que os servidores do Detran recebem para a função, conforme previsto em lei. Ao todo, são 40 policiais que atuam nos exames. Um deles é Alcino Tende, do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) Vale do Taquari e que está em Caxias para os exames nesta segunda e terça-feira (11).
— É uma oportunidade boa, eu sempre gostei da área do trânsito. Já trabalhei em CFC, já fui instrutor prático e teórico. Quando surgiu a oportunidade, que eu recebi o convite do CFC da Brigada, falei 'vamos encarar essa nova jornada'. Para mim está sendo muito bom, é uma coisa que eu gosto de fazer — afirma Tende.
Nada de diferente para quem está buscando a habilitação
Nesta segunda, provas foram realizadas no início da tarde na Rua Humberto de Campos e o tradicional clima de nervosismo era a realidade para quem aguardava sua hora para mostrar capacidade em dirigir. Mas a mudança de examinador não pareceu preocupar os alunos. O mecânico Pablo Sosin, 19 anos, que conseguiu a aprovação após três tentativas, nem sabia da mudança.
— Eu fiquei sabendo, mas o profissionalismo é a mesma coisa. Dá para ver que eles já têm uma certa experiência. É a mesma confiança que o examinador do Detran passava — avalia o autônomo Robert Santos, 20 anos, que também conseguiu aprovação.
Para o presidente do Sindicato dos CFCs do RS, Vilnei Sissim, a mudança não terá impacto nem para os centros e nem para os candidatos no processo de habilitação.