Há seis anos, o Colégio Estadual São Luiz Gonzaga, de Veranópolis, aguarda por uma reforma. Em 2017, houve uma dilatação entre duas colunas que sustentam o prédio e uma delas cedeu, o que acabou comprometendo cerca de 30% da estrutura da escola. Cinco salas de aula, o laboratório de informática e parte da biblioteca estão interditados.
Cerca de 480 pessoas, entre alunos, professores e funcionários, circulam pela escola, a única pública de Ensino Médio do município, diariamente. O prédio foi construído há mais de 80 anos e chegou a abrigar um seminário. Nesse período, foram necessárias melhorias, as quais acarretaram em problemas estruturais. Com a interdição, os alunos que ingressaram no São Luiz Gonzaga nos últimos anos não chegaram a conhecer esses espaços.
— Desde quando viemos para cá, não conhecemos uma boa parte da escola. Tanto que a biblioteca e o salão de informática não usamos — relata o estudante do terceiro ano, João Luiz Santos de Moraes.
Em fevereiro, o governo do Estado divulgou um diagnóstico com um plano de gestão para qualificar a infraestrutura de escolas no Rio Grande do Sul. Foram identificadas 176 instituições de ensino em situação de urgência e outras 1.898 classificadas no nível intermediário, as quais apresentam necessidades de maior complexidade, como reformas elétricas e hidráulicas e obras paralisadas. Cerca de R$ 30 milhões estão sendo destinados para essas melhorias.
O São Luiz Gonzaga faz parte dessa lista no nível intermediário. Em 2017, quando o problema foi identificado, a Coordenadoria Regional de Obras Públicas vistoriou o local e, na sequência, quatro licitações foram feitas. Conforme a diretora, Cinara Guzzo, todas as empresas, após venceram a licitação, desistiam da obra.
— As empresas participam e a vencedora desiste. O motivo não sabemos. Então, ficamos felizes e, ao mesmo tempo, quando há desistência, começa tudo de novo. A gente sabe que uma licitação não é de um dia para o outro, é todo um processo burocrático. Então, temos que ter a famosa calma e paciência — afirma Cinara.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em nota, afirmou que uma nova licitação já foi feita e, atualmente, está em fase de assinatura de contrato. Após essa etapa, será dada a ordem de início das obras, mas ainda sem uma data prevista. Segundo a Seduc, o orçamento previsto é de R$ 167 mil e, além da reforma estrutural, ela contempla também a substituição de esgotos, pisos e forros.