Após reunião com representantes do governo do Estado na manhã desta quarta-feira (8), o prefeito de Flores da Cunha, César Ulian (PP), anunciou que o município estuda a possibilidade de buscar, judicialmente, a isenção do pedágio da RS-122 que fica entre comunidades do interior e região central do município. O encontro com o secretário estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, tinha como objetivo recuperar a isenção da taxa aos moradores, extinta desde o dia 1º de fevereiro, quando a praça passou a ser administrada pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). A empresa, que também retirou a isenção na praça da RS-240, em Portão, argumenta que a manutenção da cobrança para todos os veículos no pedágio é uma questão de equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
De acordo com o prefeito de Flores da Cunha, a decisão de recorrer à Justiça — a exemplo do município de Portão, que teve pedido negado em primeira instância —, e que já vinha sendo cogitada, se fortalece agora diante da demora que o trâmite político levaria. Segundo ele, a solução apresentada a ele, em reunião, seria um projeto que deveria tramitar junto à Assembleia Legislativa, algo que poderia levar até mesmo mais tempo do que a troca de local da praça da RS-122, prevista para ocorrer entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
Ele afirma que a urgência na garantia de isenção pretende contemplar o período de vindima, que se estende até março, com fluxo intenso de caminhões que atuam no escoamento da produção de uva.
— Infelizmente,nosso objetivo que era um auxílio, uma solução para os moradores de Flores da Cunha, acabou não sendo viável por questões burocráticas. Agora, estamos estudando o caso da ação (judicial), que Portão entrou, e vamos tentar, da mesma forma. Provavelmente encaminharemos também uma ação pra ver se a gente consegue, de forma judicial, beneficiar os moradores do entorno, principalmente pela questão da safra da uva, há muitos caminhões se deslocando, cargas que passam diversas vezes por dia, e isso gera um custo muito grande — explica o prefeito, que também destaca a dificuldade dos motoristas em trafegarem pelo desvio quando estão carregados pelas condições da estrada.