O primeiro dia de retorno da obrigatoriedade do uso de máscara nos aeroportos brasileiros foi de dúvidas no terminal em Caxias do Sul. No saguão, alguns passageiros e funcionários tanto do aeroporto quanto das companhias aéreas utilizavam a proteção na manhã desta sexta-feira (25). Já outros, não.
A utilização voltou a ser obrigatória dentro de aviões e em áreas restritas de aeroportos brasileiros. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a medida ocorre em razão do aumento de casos de covid-19 e da sazonalidade da doença, que registrou elevação de transmissões em outros anos no período de novembro e janeiro. Também foi considerado o crescimento de viajantes na época de férias.
— Entrei de máscara, mas vi que estavam todos sem. E o aviso (sonoro) foi de que era preciso estar com a máscara na área do embarque — conta Maria Helena Altafini, 44 anos, bancária de Caxias do Sul que aguardava o check-in para embarcar para São Paulo.
Também no saguão, o casal Tamires Ferreira de Oliveira, 30, e Fernando Bezerra de Oliveira, 40, já estava de máscara. A passeio no Rio Grande do Sul com a filha Luisa, seis meses, eles já haviam utilizado a proteção na viagem de vinda ao Estado.
— No dia a dia não usamos, mas em lugares fechados, usamos — diz Tamires.
Conforme o diretor do aeroporto de Caxias, Maurício Loreto D’Avila, os funcionários do terminal estão orientados a cobrar a máscara dos passageiros nas áreas de embarque e desembarque, a partir do acesso ao raio X.
— Se estiver sem, não embarca — frisa.
De acordo com a resolução da Anvisa, estão proibidas as máscaras de acrílico ou de plástico ou aquelas dotadas de válvulas de expiração. Lenços, bandanas de pano ou similares também não são considerados como equipamentos para proteção contra o vírus. O uso de protetores do tipo face shield também não será aceito como máscaras.
A população poderá retirar as máscaras nos ambientes do aeroporto e nas aeronaves para hidratação e alimentação.