Visando agregar no trabalho realizado com jovens que estão finalizando o período catequético, o Setor Juventude da Diocese de Caxias do Sul vai realizar, neste sábado (12), a partir das 8h30min, um encontro de formação de catequistas para capacitar sobre o acompanhamento de grupos no período pós-Crisma. O encontro ocorre no Espaço Mater Dei, na Rua Os Dezoito do Forte, 1.811, com entrada gratuita.
Interessados em participar da formação organizada pelo Setor Juventude podem preencher o formulário disponibilizado pela Diocese neste link.
Um trabalho voluntário aos jovens
De jovem para jovem, a catequista Andressa Cunha, 24 anos, teve o amadurecimento de fazer o trabalho voluntário de catequese em 2021. Hoje, ela concilia o trabalho diário de 8h como engenheira mecânica, o curso de inglês, uma pós-graduação e as horas de estudo para o encontro com as crianças e adolescentes que estão se catequizando.
— Agora também preciso tirar um tempo para pesquisar os conteúdos disponíveis, para explicar para crianças de nove anos coisas que eles não veem, não tocam, de uma forma que eles entendam, numa linguagem deles — destaca Andressa.
A catequista conta que, após sua própria catequese, ela acabou se afastando um pouco da igreja o que, na sua visão, tornou a passagem pelos desafios da adolescência e do início da vida adulta mais difícil.
— Tento passar esse meu testemunho de fé para as crianças. Quando somos adolescentes, passamos por um turbilhão de emoções, de ter que decidir o que vai fazer da vida, qual a profissão seguir, então quero trabalhar meu testemunho para que eles possam persistir neste caminho da fé, que é muito importante, inclusive, para conseguir lidar com essas questões da juventude. Você ter uma fortaleza, fé nos momentos de angústia e de decisão — relata a engenheira e catequista.
Mas engana-se quem pensa que é necessário ser jovem para compreender um jovem. Com 70 anos de catequese, a professora aposentada Carmelinda Mignoni, 90, faz muitos cursos para estar sempre atualizada e se reinventando. Para se ter uma ideia, na época em que Carmelinda iniciou, a aula era na sala de casa, de joelhos no chão, com a catequista e a família.
—Eu quero trabalhar para Deus com crianças porque eu sempre lecionei para segundo grau e eu quero catequizar crianças. Aí eu falo de Deus, da criação do mundo, que Ele nos mantém. Ao longo dos anos foi se aperfeiçoando, tendo salas, até que chegamos como é hoje, com salas maravilhosas. Prometi para Deus que, até que ele me dê saúde, eu não vou deixar de dar catequese, vou sempre procurar explicar a palavra de Deus —conta Carmelinda.
Segundo a irmã Neli Basso, uma das responsáveis pelas catequistas na Diocese de Caxias, interessados em dar a catequese, que é um trabalho voluntário, devem procurar a comunidade e/ou paróquia de atuação para buscar informações sobre o curso de formação para iniciar a catequização.