No final da tarde desta quarta-feira (17), o cão pastor belga-malinois Boris, que integrava o canil do 12° Batalhão de Polícia Militar de Caxias do Sul, morreu depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória. Aos três anos, o animal estava sendo acompanhado por veterinário desde o início deste ano, após ser observada uma alteração em sua pupila.
O cachorro passou por uma série de exames e, em maio, foi diagnosticado com hipertrofia concêntrica e excêntrica do ventrículo esquerdo. A doença é conhecida como coração de atleta e, provavelmente, o acompanhava desde seu nascimento. Ela causa o enrijecimento do ventrículo e dificulta o fluxo sanguíneo para o restante do corpo. Por conta disso, outros órgãos do animal estavam comprometidos.
Boris, que era especialista na detecção de entorpecentes e estava no 12º BPM desde setembro de 2019, participou de diversas operações policiais e, atualmente, estava no alojamento dos agentes da polícia. O animal estava afastado das funções policiais desde o início do ano.
Na quarta à tarde, ele chegou a ser reanimado pela veterinária Marcelly Felippi, que o acompanhou desde o início da descoberta da doença, mas não resistiu. Boris morreu ao lado da soldado Ana Kaufmann, que o treinou desde pequeno:
— Ele era muito amado, muito querido. Onde ele ia fazia muitos amigos, muitas pessoas vieram até o quartel para visitá-lo.
Boris será cremado, mas o destino das cinzas ainda será definido.
* Com supervisão de Carolina Klóss