Neste domingo (17), mais uma edição da Maesa Cultural foi realizada em Caxias do Sul. Com o sol aparecendo ao longo do dia, mais de 350 pessoas participaram da visitas guiadas ao prédio histórico do município, como informa a prefeitura. A procura demonstra o interesse e a curiosidade da população com a estrutura. Ao mesmo tempo, na Rua Plácido de Castro, os caxienses puderam aproveitar a feira de artesanato, além de outras atividades oferecidas. Durante a tarde, o prefeito Adiló Didomenico sancionou a lei que institui a Feira Maesa Cultural como evento oficial do calendário caxiense.
Essa foi a segunda vez que o evento, com a visita guiada ao antigo prédio da Metalúrgica Abramo Eberle, foi organizado em conjunto pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), União das Associações de Bairros (UAB), Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal de Caxias do Sul, com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos, Sindiserv e Ação Cidadania. Nela, os visitantes podem conferir as estruturas internas do complexo e ainda conhecer a história da Maesa.
— Desde a primeira vez, nós temos as turmas cheias. Claro, hoje com um pouco de frio, alguns fizeram o cancelamento. Mas, temos tido uma boa plateia na explicação inicial e na visitação. Então, julgamos que está acima do esperado — afirma a secretária municipal da Cultura, Aline Zilli, sobre a adesão do público.
Com um guia, os caxienses podem conhecer parte das estruturas internas e passar por alguns blocos do complexo, que, por enquanto, estão vazios - há estudos em andamento que poderão servir ao município para os planos de ocupação do prédio. Quem aproveitou o domingo para visitar o prédio foi o casal Marina Bueno, 32 anos, e Rafael Policastro, 33, que são vizinhos do complexo há sete anos. A profissional de marketing e o administrador se impressionaram com o espaço da Maesa, que tem um total de 53 mil metros quadrados.
— Tem um lago aqui, tem muitas coisas aqui dentro, e boa parte da população passa por aqui e não se pergunta, o que se passou? Como que foi? E como faz para trazer nossas raízes culturais nessa cidade que é tão industrial ainda? Como trazemos uma pitadinha de cultura para cá? — reflete Marina.
Alguns visitantes se inscreveram previamente para participar. Mas, a organização abriu a possibilidade de interessados se inscreverem na hora para também realizarem a visitação. O formato deve continuar para as próximas edições, aproveitando o movimento da feira realizada na Rua Plácido de Castro.
Outra novidade foi a recepção aos visitantes. Agora, os grupos são convidados para assistir um vídeo com depoimentos de autoridades sobre o prédio na sala ao lado da entrada da sede da Guarda Municipal, que oferece um ambiente mais aquecido para as pessoas e com melhor acústica. Com a nova dinâmica, os visitantes têm cerca de 30 minutos para conhecer os pontos da estrutura.
— Seguimos disponibilizando o que é o grande interesse de todo mundo, que é entrar portões a dentro da Maesa, conhecendo circuitos que identificamos serem pontos mais seguros de visitação — comenta a secretária Aline Zilli.
Com a assinatura da lei que institui a Maesa Cultural, o plano é que a feira e a visitação aconteçam no terceiro domingo de cada mês. Assim, a próxima oportunidade para visitação deve ser em agosto.
Feira da Maesa com cerca de 320 expositores
O dia começou nublado e parecia que afastaria visitantes da feira. Mas, com o sol aparecendo, os cerca de 320 expositores da Maesa Cultural receberam milhares de caxienses. A Associação dos Amigos da Maesa (Amaesa) estima que cerca de 30 mil pessoas passaram pelo evento neste domingo.
Entre os expositores, o trio de amigos Maximiliano Berto, 32, Lúcia de Oliveira, 35, e Suelen Borges, 32, aproveitavam a oportunidade para criar contato com possíveis consumidores. Berto e Lúcia vendiam incensos, enquanto Suelen comercializava cosméticos naturais. O trio aprovou as vendas no dia.
—Apesar do frio, teve movimento. Estava bem bom — destaca Suelen.
Para próxima edição, a diretora do Departamento Feminino da UAB e vice-presidente da Amaesa, Sara Ferreira, explica que o número de expositores deve aumentar para cerca de 370, devido a procura.
— É de grande incentivo para as pessoas que passaram durante esse tempo da pandemia fazendo seus materiais sem ter onde vender — celebra Sara.
Para a próxima edição, a ideia é criar uma praça de alimentação em uma rua paralela à Plácido de Castro, o que abre mais espaço na via principal para os expositores que ficaram em espera para participar desta edição.