A Secretaria Municipal da Educação (Smed) de Caxias do Sul deve notificar, entre esta quarta (11) e quinta-feira (12), a empresa terceirizada GFG Recursos Humanos por descumprimento de contrato na prestação dos serviços de alimentação e higienização nas escolas da rede municipal de ensino. A decisão foi comunicada durante reunião realizada com o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação de Caxias do Sul (Sindilimp), nesta terça-feira (10). O encontro teve como objetivo evitar uma possível paralisação de profissionais da merenda e da limpeza.
Segundo a prefeitura, o município está em dia com as obrigações com a empresa contratada. Porém, esta não estaria realizando o pagamento de seus funcionários. A reunião marcada visa também que os envolvidos encontrem uma solução no sentido de evitar que a empresa atrase o pagamento dos funcionários.
— Diante dos repetidos episódios de inadimplência por parte da empresa, o poder público adotará todas as medidas necessárias a fim de assegurar o completo atendimento da comunidade escolar, em especial, dos estudantes — complementa o Executivo municipal, em nota.
De acordo com o Sindilimp, desde que a empresa GFG Recursos Humanos assumiu a terceirização, em novembro de 2021, o pagamento para os colaboradores nunca foi regular. Na tarde desta terça, a terceirizada teria pago algumas diferenças aos profissionais com o salário atrasado, conforme o sindicato.
— Nós chamamos para hoje (terça) uma assembleia com todo o pessoal da limpeza e para amanhã (quarta-feira, 11) à noite com o pessoal da merenda. A ideia é que essas assembleias tenham essa possibilidade de fazer uma avaliação em relação ao cenário do contrato. Nós solicitamos para que o município e a secretaria (Smed) nos desse um posicionamento em relação a essa questão do contrato até a assembleia das 18h. Estamos aguardando, vamos esperar para que a gente possa ter um retorno até esse horário e a assembleia que vai avaliar e definir os critérios de como a gente vai buscar soluções — explica o presidente do sindicato, Henrique Silva. Na assembleia desta terça, ficou definido que o Sindilimp irá reforçar a cobrança para que não haja mais atrasos salariais e, se possível, a troca da empresa licitada.
Em relação às profissionais que já estariam paralisadas, Silva afirma que muitas já não têm vale-transporte e nem alimentação para conseguir ir trabalhar e, por isso, não estariam indo.
— Nós não temos ainda nenhum profissional que esteja parado com orientação em relação ao processo de negociações. Nós temos algumas trabalhadoras que não estão indo trabalhar por falta de vale-transporte e de vale-alimentação porque não tem como chegar no local de trabalho. A assembleia é que vai poder definir esse critério e o que se fazer daqui para a frente — destaca o presidente.
A reportagem tentou contato com a empresa GFG Recursos Humanos, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.