O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Lira) é realizado quatro vezes por ano em Caxias do Sul. E na segunda amostragem de 2022, feita entre os dias 26 de abril e 9 de maio a Vigilância Ambiental em Saúde realizou 7,8 mil visitas e indicou que o índice de infestação no município subiu de 1,9% em janeiro para 2,7%.
De acordo com a médica veterinária da Vigilância Ambiental, Delvair Zortea da Silva, isso significa que há mais mosquitos em um espaço menor em Caxias do Sul. O novo status para 13 bairros da cidade aponta alerta de epidemia e segundo Delvair a quantidade de insetos pode levar à uma epidemia no futuro.
— Muda o risco das pessoas se contaminarem, porque a partir do momento que temos maior infestação significa que temos mais mosquitos.
Tratar sobre dengue em épocas de frio intenso pode parecer estranho para algumas pessoas, mas o alerta de que o mosquito sobrevive as baixas temperaturas é sempre motivo de preocupação para a Vigilância.
— O Aedes aegypti diminui a atividade com o frio, mas se a população manter recipientes com água, a partir da melhora do clima, o mosquito pode continuar se desenvolvendo. É importante saber que ele vive até um ano e que seguimos percebendo que a grande parte dos recipientes com água parada estão nas residências — frisou Delvair.
O Lira mostrou que esses 13 bairros estão em alerta de epidemia porque foram identificados mais de 2% de focos em relação à quantidade de casas visitadas. Os bairros são: Esplanada, São Caetano, Vinhedos, Colina Sorriso, Santa Lúcia, Santa Lúcia Cohab, Santa Catarina, São José, Nossa Senhora da Saúde, Forqueta, Desvio Rizzo, Cruzeiro e Charqueadas. Também apontou que outros oito estão próximos ao alerta de epidemia: São Leopoldo, Panazzolo, Exposição, Cristo Redentor, Bela Vista, Pioneiro, Nossa Senhora de Fátima e Centenário.
Contudo, a situação de epidemia só é considerada com base no números de casos de dengue e não por conta dos focos. Até o momento, Caxias do Sul registra cinco casos de dengue autóctones (contraídos no município) e 16 importados (quando a pessoa contraiu a doença em outra localidade), totalizando 21 em 2022. Além disso, há 57 suspeitas da doença aguardando confirmação.
Focos por bairros:
:: Cruzeiro: 108
:: Pioneiro: 51
:: Colina Sorriso: 43
:: Tijuca: 42
:: São Caetano: 37
:: Cidade Nova: 30
:: Marechal Floriano e São José: 27
:: Desvio Rizzo: 21
:: Nossa Senhora de Lourdes e Pio X: 19
:: Charqueadas: 18
:: Petrópolis: 17
:: Cinquentenário e Cristo Redentor: 16
:: Santa Lúcia Cohab: 14
:: Santa Catarina: 13
:: Jardim do Shopping e Esplanada: 12
:: Forqueta: 11
:: Santa Lúcia: 9
:: Bela Vista e São Leopoldo: 8
:: Centro, Galópolis, Nossa Senhora de Fátima, Rio Branco: 6
:: São Luiz da 6ª Légua e Sagrada Família: 5
:: Jardim Esmeralda, Santa fé, Planalto, Presidente Vargas e Reolon: 4
:: Cidade Industrial, Mariani, Medianeira, Nossa Senhora da Saúde, Panazzolo, Universitário e Vinhedos: 3
:: Centenário, Exposição e São Pelegrino: 2
:: Canyon, De Lazzer, Jardelino Ramos, Jardim Eldorado, Kayser, Madureira, Mariland, Parque Oásis, Pedancino, São Giacomo, São Victor Cohab e Vila Cristina: 1