A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Bento Gonçalves confirmou na tarde desta quinta-feira (12) o primeiro caso autóctone de zika. O paciente, do sexo masculino, não está hospitalizado, de acordo com a pasta. Este já é o 18º caso confirmado no Rio Grande do Sul, segundo o painel de monitoramento de arboviroses da Secretaria Estadual da Saúde (SES), somando-se aos 13 casos confirmados em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e aos quatro confirmados em Rondinha, na região Norte do Estado.
Em nota, a prefeitura afirmou que, até o momento, 101 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor também da dengue, foram encontrados. Os principais bairros onde a infestação tem ocorrido de forma mais intensa são Vila Nova, Barracão, Eucaliptos, Cohab, Progresso, Humaitá, Licorsul, Cruzeiro, Industrial e Salgado.
Pelo menos 47 casos do município seguem em análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen), e aguardam resultado para confirmar se pode ser dengue, zika ou chikungunya, doença que também é transmitida pelo mosquito.
A SMS destaca que as ações de combate ao Aedes aegypti são diárias e têm sido feitas de forma intensa pela secretaria, através do trabalho dos agentes de endemias do município. Os profissionais realizam visitas em espaços públicos, residências, empresas, dentre outros locais com possíveis criadouros.
A secretária municipal de Saúde, Tatiane Fiorio, ressalta o cuidado devido, principalmente em pátios e terrenos, para evitar acúmulo de água parada, além da importância da população em liberar a entrada de agentes da saúde para fiscalizar possíveis focos.
— Às vezes é uma tampinha de garrafa, ou de pote, que a gente passa e não se dá conta que pode ter água acumulada e pode ter um foco de larvas de mosquito. A gente pede para a população que em 15 minutos por semana, dê uma revisada no pátio, um olhar aguçado e atento aos menores objetos que pode estar acumulando água. A gente, no dia a dia, está tão acostumados com situações na nossa residência e a equipe da Vigilância Ambiental e da SMS tem esse olhar treinado para apontar muitas vezes objetos que podem estar acumulando água e dar orientações — informa Tatiane.