Após 23 meses de funcionamento, o hospital de campanha do Virvi Ramos encerrou suas atividades em Caxias do Sul. Aberto em 6 de maio de 2020, com 49 leitos de internação clínica, o espaço teve contrato findado na quinta-feira (31). Em novo documento firmado com a prefeitura de Caxias do Sul, 18 dos 49 leitos permanecerão abertos, mas sem exclusividade para atendimento da covid-19.
A parceria prevê também a manutenção de seis leitos de UTI SUS na instituição. Dessa forma, o Hospital Virvi Ramos ficará com 10 leitos de UTI SUS — quatro já tinham habilitação permanente antes da pandemia — e outros 10 leitos de UTI para atender usuários de planos de saúde, totalizando 20 leitos neste formato.
Os 18 leitos de internação clínica que permanecerão abertos se juntam a outros 48 leitos clínicos SUS que já estavam habilitados antes da pandemia, totalizando agora 66 leitos clínicos pelo Sistema Único de Saúde, que atenderão casos de covid-19, gripe e outras patologias.
— Fico muito orgulhosa de dizer que ao longo de 23 meses de funcionamento do Hospital de Campanha, não tivemos nenhuma notificação por contaminação cruzada nas equipes. Isso mostra o engajamento e comprometimento de todos. O trabalho desenvolvido foi de muita qualidade e referência para muitas famílias e pacientes que por aqui passaram — disse a diretora executiva da instituição, Cleciane Doncatto Simsen.
O encerramento das atividades também marcou a despedida do médico Rodrigo Fontana Nicoletti, que coordenou as equipes durante os 23 meses de operação.
Investimento de R$ 900 mil mensais em 34 leitos, segundo prefeito
Também na tarde desta sexta-feira (1°) a prefeitura noticiou a manutenção de 34 leitos que foram criados durante a pandemia para casos de covid-19 e que passarão a atender pacientes clínicos. Neste número, estão contabilizados os 18 leitos clínicos e os seis de UTI do Virvi Ramos, mencionados acima, e 10 leitos de UTI do Hospital Geral.
— Faremos um esforço muito grande, investindo R$ 900 mil por mês, para manter esses leitos que foram montados para a covid e que agora servirão para outras demandas, transformando em benefício para a população e tornando mais céleres os atendimentos. Já tínhamos uma grave fila para atendimentos especializados e durante a pandemia ela só aumentou, porque os leitos tiveram que ficar à disposição por causa da covid — disse o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico.